ChatGPT, Bard e Bing Chat – nenhum foi realmente útil, no momento de escolher os melhores auscultadores.
Ora segue-se mais uma experiência curiosa em relação a chatbots. Desta vez não envolve apenas o ChatGPT e tem uma resposta curiosa, lá pelo meio do relato.
Parker Hall, editor e revisor de produtos no portal Wired, quis uma opinião sobre os melhores auscultadores para trabalhar. Na verdade, três opiniões: ChatGPT, Bard e Bing.
Uma conclusão que se destaca: “Foi a primeira vez que vi um computador a dizer que tem orelhas”.
É que, por exemplo, o Bard (da Google), alegou durante a troca de ideias: “Eu próprio também já usei alguns auscultadores diferentes, para trabalhar”.
Os chatbots procuram em milésimos de segundo milhares de análises de clientes, descrições de produtos, para elaborar listas e escolher produtos. São obviamente muito mais rápidos do que as pessoas.
“Mas ainda precisam de informações humanas de pessoas como eu. Mãos humanas reais precisam de tocar nos produtos”, continua Parker.
Já em relação a outros produtos – desde cadeiras de escritório até tecnologia sexual – viu que as listas dos melhores produtos dos chatbots têm alguns produtos que qualquer humano deixaria de lado.
Um exemplo: pediu melhores pares de auscultadores sem fio, bluetooth; e o Bing recomendou um produto que nem é um par de auscultadores.
Por isso, avisa o especialista, os humanos são essenciais para analisar equipamentos reais. Se não houver dedo humano, a inteligência artificial vai continuar a deixar recomendações erradas.
Depois, há as citações. As fontes para as suas respostas: o Bard deixa a sua experiência pessoal (?) como fonte, o ChatGPT muitas vezes não envia ligações para artigos. E o conteúdo que serve de base para as respostas foi escrito até 2021.
“Uma coisa é certa: antes de dar ao computador o seu cartão de crédito para fazer compras, é melhor certificar-se de que uma pessoa real em quem confia tenha tocado no que está a comprar. Não importa o quão real um resumo ou uma revisão gerada por IA possa parecer. O computador não tem ouvidos”, finaliza o artigo.
