Há um teste online que permite avaliar o risco de dependência da Internet entre os mais jovens. A iniciativa é do projecto Geração Cordão e do Ispa – Instituto Universitário.
Assinala-se, nesta quarta-feira, o Dia Mundial da Internet e este foi o mote para o lançamento do teste online que permite avaliar o grau de dependência dos mais novos da Internet.
Este teste está disponível no site do projecto Geração Cordão e faz uma análise dos hábitos de consumo das tecnologias e da Internet entre os utilizadores mais jovens.
A coordenadora do projecto e investigadora do Ispa, Ivone Patrão, refere que o teste tem em conta a percepção do comportamento online, independentemente de ser preenchido pelo jovem, pelos pais ou por um professor.
“O teste é uma ferramenta útil para famílias e professores aferirem o risco de dependência dos jovens”, nota Ivone Patrão, explicando que “é importante, sobretudo, para que, em caso de intervenção de um psicólogo, já tenhamos uma avaliação inicial do risco de dependência online”.
Assim, será mais fácil “intervir de forma mais profunda e direccionada, caso a caso”, nota ainda Ivone Patrão, citada em comunicado.
O objectivo do teste é também contribuir para uma melhor gestão dos riscos para a saúde de uma excessiva dependência da Internet entre os jovens.
O perfil do utilizador com maior dependência online
Segundo estudos recentes, a utilização excessiva da Internet está associada a mudanças de humor e a impacto negativo nas interações familiares e sociais, tendo também repercussões ao nível da alimentação, do sono e da qualidade do desempenho escolar.
Um estudo realizado em Fevereiro pelo projeto Geração Cordão, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, traçou um perfil do utilizador com maior dependência online.
Esse perfil aponta para um utilizador com idade entre os 16 e os 21 anos, do sexo masculino, com frequência do Secundário, entrada no mundo online aos oito anos, que não pratica exercício físico, tem um rendimento escolar mais baixo, não namora, está mais de seis horas diárias na Internet, envia e recebe dados íntimos (sexting), joga online e é vítima ou agressor (cyberbullying).
ZAP // Lusa