Duas pessoas, pai e filha, morreram esta quinta-feira por afogamento na praia da Foz, na zona do Meco, concelho de Sesimbra, confirmou à agência Lusa o capitão do porto de Setúbal, Marco Serrano Augusto.
“O alerta foi dado às 17h32. A filha, de 7 anos, terá ido molhar os pés, foi enrolada numa onda. O pai, com cerca de 40 anos, tentou salvá-la, mas acabaram por morrer os dois“, disse o capitão do porto de Setúbal.
Segundo Marco Serrano, foi mobilizada de imediato para o local uma lancha semirrígida da estação salva-vidas de Sesimbra, mas não foi possível resgatar as duas vítimas devido às condições de mar.
“Os dois cadáveres só foram recuperados com o apoio de um helicóptero que chegou ao local às 18h30. Primeiro foi recuperado o corpo do pai e, cerca das 19h00, foi recuperada a segunda vítima”, esclareceu Marco Serrano Augusto.
De acordo com o responsável da capitania do porto de Setúbal, os dois cadáveres vão ser transportados para o Instituto de Medicina Legal de Setúbal, pelos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, que serão acompanhados pela Polícia Marítima.
Morreu jovem de 17 anos que desapareceu no mar
O corpo do rapaz de 17 anos que desapareceu esta quinta-feira na praia de Matosinhos foi encontrado sem vida às 18:55 perto da zona de rebentação, revelou à Lusa o comandante adjunto da capitania, Silva Santos.
“O corpo foi encontrado perto da zona onde foi dado o alerta para o seu desaparecimento”, esclareceu.
O corpo do jovem foi resgatado pelo serviço balnear de salva-vidas municipal, disse ainda Silva Santos.
Participaram nas buscas três embarcações da estação salva-vidas Leixões e Douro e um helicóptero da Força Aérea, para além dos Bombeiros de Leixões.
Em declarações à TSF, o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores alertou esta quinta-feira que Portugal está a “bater recordes” de afogamentos desde 2017.
“No final do mês de março temos mais afogamentos do que no ano passado. Nós vamos fazer uma divulgação durante a próxima semana destes valores exatos, mas em primeira mão posso dizer que estamos a bater recordes desde 2017 em termos do afogamento em Portugal. O que é extremamente preocupante. E parece que os nossos amigos políticos não estão a ver”, disse Alexandre Tadeia.
ZAP // Lusa