Entre os que davam mostras de estarem menos satisfeitos com o modelo, destacam-se os trabalhadores que entraram recentemente no mercado de trabalho.
O trabalho remoto chegou com a pandemia e dificilmente veremos o seu fim. A comodidade que confere aos trabalhadores faz com que o modelo passe a ser uma exigência básica na hora de procurar uma nova oportunidade de emprego.
No entanto, tal modalidade parece ser mais vantajosa para uns do que para outros.
Nesse sentido, uma pesquisa internacional dedicou-se a descobrir quão importante era o trabalho remoto para os indivíduos, que benefícios encontravam nele e como é que os profissionais de diferentes níveis de responsabilidade avaliavam a sua experiência a trabalhar desde casa.
De forma geral, as conclusões do inquérito confirmam o que já se suspeitava. A possibilidade de trabalhar remotamente constituía um dos três principais benefícios que tencionavam encontrar numa nova oportunidade de trabalho para dois terços (68%) dos inquiridos, destaca o Fast Company.
Surpreendentemente, o teletrabalho aparece apenas poucos pontos percentuais atrás das férias e folgas remuneradas, referidas por 71% dos participantes, e de seguros de saúde, destacada por 69% dos voluntários.
Ainda de acordo com a pesquisa, o trabalho remoto fez sucesso particularmente entre algumas funções. É o caso dos assistentes sociais, apoio ao cliente, apoio pós-vendas, gerentes de filial, representantes de vendas, apoio técnico, controlo de qualidade, consultoria, executivos de contas e escritores.
Entre os que davam mostras de estarem menos satisfeitos com o modelo, destacam-se os trabalhadores que entraram recentemente no mercado de trabalho, talvez pelas dificuldades que sentem no processo de adaptação e na criação de laços com os colegas.
Nestes casos, a comunicação acaba por se cingir aos superiores. No lado oposto, os que se mostram mais satisfeitos com o trabalho remoto são os trabalhadores que ocupam funções executivas.
Entre os trabalhadores que se mostravam especialmente satisfeitos com o teletrabalho estão também os que já exerciam funções neste modelo antes da pandemia, pelo que dispunham de ferramentas para o fazer corretamente.
Perante estes resultados, torna-se ainda mais claro que o trabalho remoto veio para ficar e será um elemento essencial para patrões e chefes que pretendam reter o talento.
“… assistentes sociais…” esse é de facto um dos maiores problemas que temos. A maioria dos nossos assistentes sociais nunca vai ao terreno ver as condições em que as pessoas vivem. Os sôtores e as sôtoras são demasiado chiques para conviver com os mais necessitados.