Presidente do próprio Partido Liberal mudou de ideias em relação ao ex-presidente do Brasil.
Jair Bolsonaro estará a ser uma persona non grata no Brasil. De uma forma cada vez mais abrangente.
Já era um indesejado por muitos brasileiros – sobretudo quem votou em Lula da Silva em Outubro – mas agora o desejo de afastamento é interno.
Bolsonaro passou a estar ligado ao Partido Liberal em Novembro de 2021, depois de cerca de dois anos sem ligação oficial a qualquer partido.
O presidente nacional desse partido é Valdemar Costa Neto que, no mês passado, disse que queria que o ex-presidente do Brasil voltasse ao seu país natal (está nos EUA) para ser o opositor principal de Lula da Silva.
Mas, na semana passada, o mesmo Valdemar Costa Neto comentou em “círculo interno” que prefere que Jair Bolsonaro fique bem longe do Brasil – para não afectar o partido, explica o Diário de Notícias.
O antigo líder do país já estava envolvido em quatro processos judiciais, acusado de divulgação de notícias falsas sobre as vacinas anti-covid, revelação de dados secretos, notícias falsas sobre elementos do Supremo Tribunal Federal (STF) e interferência na Polícia Federal.
Mas, no início deste mês, surgiu mais uma polémica, desta vez envolvendo um presente ilegal que queria dar à sua esposa, Michelle: jóias oriundas da Arábia Saudita, avaliadas em três milhões de euros, que chegaram através de canais oficiais do Governo. Foram apreendidas no aeroporto.
Bolsonaro reagiu e disse que está a ser “cruficado” devido a uma prenda que nem recebeu.
Três dias depois dessa reacção, nova notícia: Jair Bolsonaro terá outras jóias (para homem), que também vieram da Arábia Saudita e que escaparam ao controlo na alfândega.
O presidente do Partido Liberal (PL) ainda não terá recebido uma justificação convincente por parte das pessoas mais próximas de Bolsonaro. E, se falar nesta altura, o partido pode “afundar-se”.
Depois, também entra em cena Michelle Bolsonaro: iria ser oficialmente apresentada como líder do PL Mulher mas, por causa deste caso das jóias, a sua tomada de posse foi suspensa.
O regresso de Jair Bolsonaro ao Brasil, anunciado para amanhã (quarta-feira, dia 15), também foi suspenso.
Antes, a imagem de Bolsonaro já terá ficado prejudicada até dentro do PL quando contestou o resultado da segunda volta das eleições presidenciais, quando foi derrotado pelo Lula.
Com tudo isto, Jair Bolsonaro passou de “estrela” da Direita no Brasil para um “material tóxico”, destaca o jornal. Até os ministros que lhe eram fiéis estarão agora pouco interessados em defender o ex-presidente. Está isolado.
E, com tudo isto, o presidente do partido de Bolsonaro estará numa mudança de rumo: deverá apoiar – com negociações pelo meio – o Governo de Lula da Silva.
Valdemar Costa Neto foi aliado do Partido dos Trabalhadores, o partido do actual presidente. E também foi detido no processo Mensalão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Abre-se a caderneta e só se veêm cromos maus, cada um pior que o outro.
Partido de Bolsonaro quer Bolsonaro bem longe? Porquê? Têm medo que vá preso pelo que andou fazendo?
O amigo do Ventura fugiu para os EUA e agora ninguém o quer… tudo boa gente!…