Chineses ajudam grupo Wagner. Há uma “obsessão” pela Bakhmut subterrânea

Satellite Image 2022 Maxar Technologies

Cidade tem sido centro de combates – e não é por ser um alvo político-militar importante. Spacety acusada de ajudar mercenários.

“A situação nos arredores de Bakhmut é cada vez mais complicada“. Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia, admitiu esse cenário.

Bakhmut tem sido o centro de combates nos últimos tempos. A cidade ucraniana não está sob controlo, nem das forças ucranianas, nem das forças russas. Embora os russos tenham alegado conquistas pequenas, em diversos pontos, e estejam a avançar na zona.

Bakhmut não é propriamente uma cidade muito importante, no sentido de ser um alvo político-militar.

Mas há um motivo para esta cidade ser uma prioridade russa: as suas “cidades subterrâneas”, reforça o jornal Público.

O protagonista chama-se Yevgeny ​Prigozhin. E as suas prioridades até terão alterado o rumo militar da Rússia.

Yevgeny ​Prigozhin é um oligarca de São Petersburgo e quer ser o dono do sistema das minas de Soledar e Bakhmut.

São mais de 160 quilómetros de túneis, com capacidade para acolher muita gente e muitos carros de combate e veículos de infantaria, a uma profundidade de 80 a 100 metros.

Os Estados Unidos da América indicam que o oligarca quer sobretudo as minas de sal e de outros minerais. Tem uma “obsessão” por esta espécie de tesouro.

Além disso, o seu “estatuto” dentro do Kremlin também estará muito relacionado com a capacidade de conquistar cidades.

Chineses ajudam mercenários

Yevgeny Prigozhin é também fundador do grupo mercenário Wagner – que aparentemente contou com ajuda chinesa.

A indicação veio dos EUA. De acordo com Daniel Kritenbrink, secretário de Estado adjunto, uma empresa chinesa (Spacety) tem fornecido imagens de satélite ao grupo Wagner.

A revelação foi dada durante uma audição no congresso dos EUA.

A Spacety, empresa espacial especializada em pequenos satélites e serviços baseados em satélite, está na lista negra de comércio norte-americano, desde a semana passada.

A empresa chinesa assegura que não tem qualquer ligação com a Rússia, desde que as sanções internacionais foram anunciadas.