Neil Hall / EPA
Faltam legumes nas prateleiras dos supermercados no Reino Unido.
Já há supermercados do Reino Unido a limitar as vendas aos consumidores perante a falta crítica de alguns tipos de legumes. “Não há tomates, comam nabos”, recomenda a ministra do Ambiente.
A escassez de legumes e frutas está a levar os principais supermercados britânicos a racionarem as suas vendas. Assim, em alguns deles, cada cliente já só pode comprar até três embalagens de tomate e pepino. Estes são dos principais legumes em falta.
A ministra do Ambiente do Reino Unido, Thérèse Coffey, já deixou uma recomendação aos cidadãos para lidarem com esta falta de certos alimentos. “Não há tomates? Comam nabos”, aconselhou em declarações citadas pela imprensa mundial.
Thérèse Coffey também admite que as dificuldades de fornecimento podem durar entre duas a quatro semanas.
Entretanto, nas redes sociais, vários utilizadores têm manifestado o desagrado e o espanto perante as prateleiras dos legumes e frutas vazias em supermercados pelo país.
Tesco in West Manchester. Normally full of tomatoes & cucumbers, this aisle has been like this, and worse, for days.
On top of that they continue to only open 2 checkouts with conveyors and try to force people through self-checkouts & the ‘must avoid’ scan as you shop checkouts. pic.twitter.com/supkPS9haR— Ben 🕊 (@1BJDJ) February 20, 2023
Anybody want to make a salad? Cucumbers and tomatoes you say? This is Tesco in Bridgend this morning pic.twitter.com/FwUzJ0EmlO
— Huw Marshall 🏴 (@HuwMar) February 20, 2023
What the heck is going on? This is in @Tesco in Minehead tonight, and the same last night! No tomatoes, no peppers, no cucumbers, and no bananas! The same situation in @LidlGB. Is this one of the benefits of bloody #Brexit – taking back control?? pic.twitter.com/ToULWuuMHl
— Nigel Hester (@holnicoteNH) February 18, 2023
Será do Brexit?
Nas redes sociais, há quem desabafe se “foi para isto que o Brexit serviu”. Algumas fontes da indústria alimentar queixam-se também de que o Brexit complicou a cadeia de fornecimento, como realça a BBC.
Contudo, o Governo britânico rejeita essa possibilidade, apontando antes a mira aos “problemas actuais relacionados com a disponibilidade de certas frutas e vegetais” devido ao “mau tempo em Espanha e no norte de África“, conforme refere um porta-voz do executivo à BBC.
O tempo mais frio do que o habitual em Espanha e as inundações em países africanos como Marrocos afectaram as colheitas, sendo que estas são as principais regiões fornecedoras do Reino Unido quanto a diversos legumes e frutas nesta época do ano.
A par disso, houve também uma redução na produção interna devido ao aumento dos custos com a energia, e também ao tempo.
As “ondas de calor em Junho de 2022 levaram ao quarto Verão mais quente já registado no Reino Unido, quando as temperaturas ultrapassaram os 40°C pela primeira vez”, repara a BBC.
Em Dezembro, vieram “geadas fortes e prolongadas” que voltaram a afectar as colheitas.
Nas próximas semanas, devem aumentar ainda mais os preços dos legumes e frutas perante esta escassez de produtos.
