Da noite para o dia, o Japão ganhou sete mil ilhas

Anterior contagem remonta a 1987, quando foram usados apenas mapas em papel para sinalizar os territórios. 

Para um país que luta contra a desertificação e o envelhecimento da sua população, o Japão passou a ter mais motivos para se preocupar.

Uma recontagem das ilhas do país permitiu aos geólogos estimar que estas duplicaram em número face à última monitorização. Este crescimento pode ser explicado por vários motivos.

Primeiro, a área marítima de 370 mil quilómetros quadrados, o que dificulta o seu mapeamento constante. Depois, o país está constantemente a sujeito a atividade vulcânica, o que propicia tanto o aparecimento como o desaparecimento de ilhas, num processo que pode ser silencioso.

Com recurso a tecnologia de mapeamento digital, os investigadores perceberam que o anterior número anterior de seis mil ilhas, resultante de um levantamento feito há 35 anos, está totalmente desatualizado.

Estima-se, aliás, que sejam 14,125 ilhas. O anúncio oficial, por parte da Autoridade de Informação Geoespacial, deverá acontecer nas próximas semanas.

Ainda assim, o organismo, que está sob alçada do governo japonês, ressalvou que dificilmente as novas ilhas vão alterar a dimensão do território japonês ou o das suas águas, escreve o The Guardian.

Na última contagem, realizada em 1987 pela guarda costeira, foram usados mapas em papel para contar e assinalar as porções de terra.

De acordo com os critérios definidos pelo governo japonês, para ser considerada uma ilha terá que ser uma massa terrestre com uma circunferência de pelo menos 100 metros, o que resultou no número no número final de 6,852.

O mesmo critério foi utilizado na contagem mais recente, mas com ferramentas e tecnologias atuais: mapas digitalizados e cruzamento da informação recolhida com fotografias aéreas e outros dados.

ZAP //

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