Lateral do Sporting jogou durante 15 minutos; entrou e saiu durante a segunda parte. “Se o clube não me quiser, eu vou-me embora”, acrescentou o treinador.
O Sporting perdeu por 1-2 contra o FC Porto, na noite passada. Foi a quinta vitória consecutiva dos portistas contra o rival – nunca tinha acontecido.
Os três golos foram marcados na segunda parte mas o Sporting poderia ter chegado ao intervalo a ganhar, de acordo com o seu treinador.
Depois do clássico, Rúben Amorim analisou o que aconteceu: “Temos perdido nos detalhes. Por vezes não fazemos golo quando temos de fazer. Depois, falta-nos maturidade competitiva em comparação com o FC Porto”.
“Mas diria que são os detalhes. Há anos assim. Há ressaltos que dão para eles e que não dão para nós. Não há muito a esconder, voltámos a perder e agora temos de pensar no próximo jogo”, completou.
No 11 inicial do Sporting destacaram-se Fatawu e Chermiti, com Nuno Santos e Paulinho no banco de suplentes. O técnico explicou: “Chermiti, pelo que tem feito, merecia continuar a jogar. Fatawu é explosivo e forte no um contra um e queríamos explorar isso”.
Trincão saiu logo aos 33 minutos (amigdalite) mas a substituição que se destacou neste duelo foi a de Ricardo Esgaio: o lateral entrou aos 54 minutos e saiu aos 69 minutos. Só esteve em campo durante um quarto de hora.
Rúben Amorim já explicou a Esgaio a sua opção: “Avisei-o antes que o ia tirar. Todos os jogadores do Sporting sabem que os defendo até à morte. Mas existem certos momentos em que já fizemos uma alteração, queremos ir para a frente, olhamos para todas as peças e temos de ser muito frios na abordagem. Tenho de ter coragem”.
“O meu papel é fazer o que é melhor para a equipa e o Esgaio sabe — e eu já o provei — que, quando é preciso, dou a vida por eles. Quando a equipa precisa de sacrifícios, e sei que isto é um sacrifício muito grande para um jogador como o Esgaio, tenho de o fazer. Porque em primeiro lugar está a equipa”.
“Pedi-lhe desculpa e peço aqui publicamente. Mas a minha ideia é sempre ganhar os jogos. E, às vezes, não sou justo com toda a gente. É impossível”, comentou o treinador do Sporting.
Com esta derrota o clube lisboeta, quarto classificado, ficou a oito pontos do Sporting de Braga, a 10 pontos do FC Porto e a 15 pontos do líder Benfica.
“Se o clube não me quiser, eu vou-me embora. E ao contrário do que já disse, não é preciso pagar nada. Mas eu acredito no projecto”, reagiu Amorim, que não se sente “a prazo”.
“Estamos a perder nos detalhes mas há muita coisa boa e o treinador está cheio de força”, avisou.