Greve nos comboios durante 10 dias seguidos. Fortes perturbações em todos os serviços

Paralisações convocadas por diversos sindicatos provocam cortes na circulação entre os dias 8 e 17 de Fevereiro.

A CP – Comboios de Portugal alertou hoje para “fortes perturbações” na circulação, entre 08 e 17 de fevereiro, em todos os serviços, devido às greves convocadas por vários sindicatos.

“Informamos que, por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), para o período compreendido entre as 00:00 do dia 08 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023, ocorrerão fortes perturbações na circulação, em todos os serviços, entre os dias 08 e 17 de fevereiro”, comunicou a CP, em nota publicada no ‘site’.

A empresa indicou também que a informação será atualizada, caso venham a ser definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral.

“Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”, acrescentou a CP, lamentando os incómodos causados.

A Fectrans anunciou, no dia 25 de janeiro, que os trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão estar em greve no dia 09 de fevereiro devido à falta de resposta às propostas de valorização salarial.

“A direção do SNTSF/Fectrans em reunião hoje realizada decidiu enviar um pré-aviso de greve à CP, à IP-Infraestruturas, à IP-Telecom, à IP-Património e à IP-Engenharia, para o dia 09 de fevereiro, com a duração de 24 horas”, lê-se numa nota hoje divulgada.

Em causa está a falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial.

Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.

// Lusa

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