O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) inaugura, nesta sexta-feira, um novo supercomputador que vai permitir prever com mais precisão a meteorologia e, logo, responder mais depressa a fenómenos extremos como as cheias e os incêndios.
O novo “Sistema de Modelação Oceano Atmosfera de Alta Resolução Espacial e Temporal – ´Atlântico´”, como é designado oficialmente, multiplica por 20 a capacidade computacional do IPMA, segundo informação do próprio Instituto.
O supercomputador é inaugurado pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e pelo secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, depois de ter sido financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O sistema melhora “significativamente a qualidade das previsões dos modelos utilizados para a emissão de avisos meteorológicos, nas previsões para a meteorologia marítima, no suporte à meteorologia aeronáutica, nos índices meteorológicos de risco de incêndio bem como em muitos outros sectores”, refere o IPMA numa nota na sua página na Internet.
O novo sistema envolve um investimento superior a um milhão de euros, vindo do PRR, e permite aumentar a resolução dos modelos numéricos de previsão do tempo, a sua velocidade de execução e a área geográfica coberta.
“Vai permitir melhor integração com os modelos globais, tanto no que diz respeito ao mar como no que se refere à atmosfera, e beneficiará do aumento da cobertura permitida pelos novos sensores e sistemas, possibilitando o alargamento do domínio geográfico operacional que passará a englobar Portugal Continental, área Atlântica adjacente e Arquipélago da Madeira, que representa a zona atlântica de responsabilidade nacional”, refere ainda a nota do IPMA.
“Vamos dar respostas mais rápidas e fidedignas“, refere o presidente do IPMA, o geofísico Miguel Miranda, em declarações ao Público.
Miguel Miranda espera que o sistema fique operacional “durante o primeiro trimestre deste ano“.
O geofísico explica ainda ao Público que “o novo supercomputador vai conseguir, para já, correr modelos meteorológicos quatro vezes por dia e, no futuro, oito vezes por dia“.
“Até agora, o IPMA corria todos os modelos meteorológicos duas vezes por dia e parte dos modelos quatro vezes”, frisa ainda a mesma fonte.
ZAP // Lusa
Acertar na previsão é que não está fácil!!!!! Nos Açores foram novos radares. deslocação dos radares antigos, novos sistemas informáticos e está sempre a falhar!