Inovação está a ser desenvolvida por cientistas de Reino Unido e EUA. É uma nova abordagem de terapia celular.
E se conseguíssemos transformar as células cancerígenas em agentes anti-cancro?
É o que está a ser feito por uma equipa de investigadores de Brigham (Reino Unido) e Harvard (Estados Unidos da América).
A inovação foi retratada num estudo publicado nesta semana na revista Science Translational Medicine.
Os cientistas estão a desenvolver uma nova abordagem de terapia celular para eliminar tumores já estabelecidos e induzir imunidade de longo prazo, explica o portal ScienceDaily.
O sistema imunológico é “treinado” para que possa prevenir a repetição do cancro porque as células cancerígenas “passam a ser vacinas e assassinos do cancro”, de acordo com o responsável Khalid Shah.
Através da engenharia genética, as células cancerígenas foram (re)aproveitadas para desenvolver uma vacina que mata as células tumorais e estimula o sistema imunológico a destruir tumores primários e a prevenir o cancro.
No fundo, quais “pombos-correio”, as células tumorais vivas, após longas viagens realizadas dentro do cérebro, voltam para junto de outras células tumorais.
As células tumorais manipuladas foram projectadas para facilitar o trabalho do sistema imunológico em detectar, marcar e lembrar, preparando o sistema imunológico para a tal resposta anti-tumoral de longo prazo.
Ao mesmo tempo, foi criado um interruptor de segurança de duas camadas na célula cancerígena – quando activado, elimina as células tumorais terapêuticas, se for necessário.
A equipa testou a vacina de dupla acção para “matar” um modelo avançado de cancro cerebral em ratos – e com resultados promissores. A terapia celular de acção dupla foi segura, aplicável e eficaz
Esta estratégia, reforçam os investigadores, poderá ser aplicável a outros tipos de cancro; embora sejam necessárias mais experiências.