A palavra “guerra” foi a escolhida pelos portugueses para representar o ano que agora terminou. O vocábulo vencedor da iniciativa “Palavra do Ano”, anunciado esta quinta-feira na sede da Porto Editora, no Porto, teve 53% dos votos.
No ano passado, a palavra vencedora foi “vacina”, com 45,5% dos votos.
Em comunicado, citado pelo Observador, a Porto Editora destacou que “o vocábulo eleito” remete “para a invasão da Ucrânia pela Rússia, que deu início ao maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.
Em segundo lugar, ficou “inflação” (18,8%), seguida de “urgências” (6,6%), “rainha” (5,3%), “energia” (4,8%), “seca” (3,9%), “abusos” (2,2%), “ciberataque” (2%), “nuclear” (1,7%) e “juros” (1,7%).
Criada em 2009, a iniciativa visa “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida”.
A palavra que reflete “os principais acontecimentos e preocupações coletivas que marcaram” é escolhida pelos portugueses a partir de uma lista de dez finalistas, definida por linguistas e lexicólogos a partir das sugestões das pesquisas na Infopedia e do trabalho de acompanhamento da realidade da língua portuguesa.