É a primeira vez que o presidente ucraniano deixa o país desde a invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, está a caminho de Washington, capital dos Estados Unidos da América, para se encontrar com o presidente do país, Joe Biden, e discursar perante o Congresso. Os primeiros rumores de que a visita estaria para acontecer começaram a circular nas redes sociais ontem, tendo sido confirmada pelo próprio Zelenskyy na sua conta do Twitter.
“Em particular, Joe Biden e eu discutiremos a cooperação entre a Ucrânia e os Estados Unidos. Também farei um discurso no Congresso e várias reuniões bilaterais”, escreveu o governante. Por parte da Administração Biden houve também uma confirmação da visita, sublinhando que o objetivo é “demonstrar o forte apoio bipartidário”.
Trata-se da primeira vez que Volodymyr Zelenskyy deixa solo ucraniano desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
On my way to the US to strengthen resilience and defense capabilities of 🇺🇦. In particular, @POTUS and I will discuss cooperation between 🇺🇦 and 🇺🇸. I will also have a speech at the Congress and a number of bilateral meetings.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 21, 2022
Através de uma carta publicada nos canais oficiais, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, fez saber que “os EUA e o mundo estão maravilhados com o heroísmo do povo ucraniano”. “A luta pela Ucrânia é a luta pela própria democracia. Queremos muito ouvir a sua mensagem inspiradora de união, resiliência e determinação. Obrigado pela sua liderança e por considerar este pedido.”
A visita parece coincidir com o anúncio de mais um pacote de ajuda militar dos EUA à Ucrânia, no qual devem constar mísseis Patriot (um sistema de mísseis terra-ar ultra avançado) e bombas de precisão para caças. Esta disponibilização está a ser interpretada como um reforço do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, já que o armamento em causa é mais pesado e dispendioso.
O anúncio está, por isso, em linha com os diversos apoios deixados por Zelenskyy para que os aliados fornecessem armas mais potentes e eficazes na defesa do território ucraniano.