Reprodução
Tamara e Maximiliano
Tamara viajava de Equador para os Países Baixos quando foi mãe, dentro do avião. Há mulheres que realmente não se apercebem que estão grávidas.
Tamara era uma mulher desconhecida, até que foi mãe durante uma viagem de avião…e quando nem sabia que estava grávida.
O episódio invulgar decorreu na semana passada, quando Tamara estava a viajar até Espanha, onde mora. Partiu do Equador, com escala nos Países Baixos.
No entanto, durante essa primeira viagem entre Guayaquil e Amsterdão, aconteceu algo que ninguém esperava. Nem a própria.
A passageira começou a queixar-se de uma dor forte no estômago. Eram cólicas, aparentemente.
Era um filho.
Teve duas contracções e, de repente, já tinha o seu bebé nas mãos, relata o porta-voz do hospital para onde foi transportada mais tarde.
Isto depois de dois médicos e uma enfermeira, também passageiros, a terem ajudado dentro do avião durante o parto.
Aliás, o bebé, um menino, chama-se Maximiliano – homenagem a um dos médicos que a ajudaram no parto inesperado.
E foi o hospital que revelou que a própria Tamara não sabia que estava grávida.
O ginecologista Hans Duvekot explicou na estação televisiva RTL Nieuws que isto realmente acontece: a mulher não ter a noção de que está grávida. Não é a regra, mas acontece.
Só nos Países Baixos, em média, todos os anos há 60 mulheres que só sabem que estão grávidas quando chega o momento do parto.
Habitualmente, são mulheres que continuam a sangrar durante a gravidez. Pensam que é a menstruação – mas não é.
Além disso, estas mulheres costumam sentir menos náuseas. O abdómen pode ser menor; mas em princípio vê-se sempre a famosa “barriguinha”, mudanças no corpo da mulher, sobretudo se for mãe de primeira viagem.
As mulheres podem também não sentir o bebé, em casos de placenta que fica na frente do bebé, entre o feto e a barriga. E, assim, a mulher pode não sentir as suas movimentações.
Depois, pode entrar o factor psicológico, numa gravidez indesejada: uma mulher que não quer ter um filho convence-se de que não está grávida.
Seja qual for o contexto, é preciso apoio psicológico para estas mulheres que, num dia estão na sua vida normal, e no dia seguinte são mães. Sem qualquer preparação. E a vida muda.
Tamara e Maximiliano estão bem, na sua casa em Madrid.
