A primeira delatora do caso “Lava Jato”, Nelma Kodama, vai ser extraditada para o Brasil nesta quinta-feira. A denunciante do mega-esquema de lavagem de dinheiro e corrupção está detida em Lisboa, mas aceitou apresentar-se à justiça do seu país.
Nelma Kodama foi detida há cerca de seis meses num hotel de luxo, em Lisboa, por suspeitas de ligações a uma rede internacional de tráfico de droga no âmbito do caso do avião com droga que transportava João Loureiro, ex-presidente do Boavista.
A “Dama da Lava Jato”, como é conhecida, começou por contestar a extradição para o Brasil, mas, entretanto, mudou de ideias e já pediu para voltar ao seu país, para colaborar com a justiça, como avança a SIC Notícias.
“Esse é um passo importante para a apuração e esclarecimento dos factos”, refere o advogado de Nelma Kodama, Santiago Andre Schunck, citado pelo jornal brasileiro Gazeta do Povo.
“Dessa forma, ficará mais fácil comprovar que ela não tem ligação com o tráfico internacional de drogas”, salienta o advogado.
Nelma Kodama já foi condenada pela justiça brasileira, em 2014, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa no âmbito da Lava Jato.