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Serão os biocombustíveis assim tão amigos do ambiente?

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O debate reacendeu-se nos Estados Unidos. Enquanto uns pedem mais apoios para produzir etanol, outros salientam o seu lado negro.

Um veículo de passageiros típico emite cerca de 4,6 toneladas de dióxido de carbono por ano. Esta é apenas uma entre várias razões que têm levado à procura de alternativas aos combustíveis fósseis.

Há cerca de 15 anos, os Estados Unidos deram incentivos que ajudaram a lançar um boom de biocombustíveis no país.

As fábricas de etanol consomem agora cerca de 130 milhões de toneladas de milho por ano. É cerca de um terço da colheita total de milho do país e o cultivo desse milho requer mais de 100 mil quilómetros quadrados de terra.

Além disso, mais de 4 milhões de toneladas de óleo de soja são transformadas em óleo diesel anualmente. De acordo com a Inverse, este é um número que está a crescer rapidamente.

Além do etanol, também biodiesel, eletricidade, hidrogénio, gás natural e propano têm sido alternativas implementadas em vez da gasolina e do gasóleo.

Um dos principais problemas destas alternativas é que têm um elevado custo. Até ao momento, as tecnologias que utilizam fontes alternativas de energia permanecem relativamente caras. A baixa eficiência é outro problema. As tecnologias de energia alternativa são relativamente novas e não são particularmente eficientes.

Os cientistas há muito alertam que a produção de biocombustíveis em grande escala envolve custos: reivindica terras que, de outra forma, poderiam cultivar alimentos ou, alternativamente, árvores que capturam carbono do ar e servem de lar para pássaros e outros animais selvagens.

As agências governamentais pesaram os custos e os benefícios e decidiram que a substituição da gasolina por etanol ou biodiesel ajudaria a cumprir as metas de redução de gases com efeito de estufa.

No entanto, um estudo publicado em fevereiro na revista científica PNAS, veio reacender esse debate. Os autores concluíram que o combustível etanol consegue ser tão mau para o clima quanto a gasolina que pretende substituir.

Precisamente porque as grandes quantidade de campos agrícolas usadas para o cultivo de milho substituíram terrenos que, de outra forma, ajudariam na captura de carbono do ar.

Os resultados do estudo caíram que nem uma bomba na indústria dos biocombustíveis — que não tardou em retaliar. Há quem defenda que o autor principal do artigo, Tyler J. Lark, e um dos coautores, sejam excluídos de um painel de especialistas do Governo norte-americano sobre combustíveis renováveis.

A invasão da Rússia à Ucrânia só veio piorar a situação. Os preços da gasolina e do gasóleo aumentaram, assim como os preços da comida. De um lado, pede-se mais incentivos para produzir etanol, de forma a aliviar os preços dos combustíveis. Por outro, advoga-se contra a produção de etanol, de forma a libertar os campos para o cultivo de alimentos.

Daniel Costa, ZAP //

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3 Comments

  1. Sempre achei absurdo apoiar a produção de cereais para combustível em vez de alimentar um mundo em que tantos milhares passam fome, portanto isto não me surpreende. Guardem os campos agrícolas para produzir alimentos, deixem-se de tretas!

  2. A SIC não gostou, A única conclusão é que o Salazar tinha muita razão no uso da rolha á comunicação social, sem rolha, e para sobreviverem sem custos nas compras de Programas,apostam nas Guerras Entre Países, entre políticos, entre casais, na saúde mental das Pessoas,em tudo que dê para ocupar horas de Antena á borla, para tratar problemas de depressão na família classifiquei as empresas da TVI como canal de adultos, assim vou proceder com a SIC dado as melhorias de Saúde que deu, apenas por bloquear um noticiário em que tudo é negro, que tudo que dá é terror, tudo causava depressão, agora mais aliviados, vou fazer o mesmo com a SIC, e comunicar ao servidor a retirada destes serviços nos pacotes que oferecem para bem da saude mental das famílias.

  3. Vamos lá então queimar comida!!! Diz que assim conseguimos subir o preço da dita cuja, mantemos ou subimos o preço do gasol e ainda rebentamos com o motor. Tudo bom para a economia!!

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