O Benfica deu um passo importante rumo aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
O empate 1-1 em casa do Paris Saint-Germain – numa repetição do resultado da primeira mão – é, por si só, um excelente resultado dada a qualidade do adversário, mas tal aconteceu no mesmo dia em que a Juventus perdeu com o Maccabi Haifa em Israel.
Duas grandes penalidades escreveram o filme do jogo, uma convertida na primeira parte por Kylian Mbappé e outra por João Mário, na etapa complementar. Um desfecho que deixa os benfiquistas com mais cinco pontos que a Juve, a duas jornadas do fim da fase de grupos.
Primeiros minutos repartidos no Parque dos Príncipes, com o reforço do meio-campo patrocinado por Roger Schmidt a dar aos “encarnados” alguma vantagem na luta pela posse de bola.
O problema era quando as “águias” a perdiam e o PSG encetada as transições, com Neymar e, especialmente, Mbappé a conferir uma velocidade que os benfiquistas sentiram dificuldade para acompanhar.
Num desses lances, no caso com Juan Bernat, o jovem António Silva fez falta sobre o espanhol na área e Mbappé (39′), de penálti, não desperdiçou.
O Benfica tentava colocar a bola nas costas da defesa francesa, mas esta estava precavida para esse cenário e foi anulando as investidas, terminando a primeira parte com superioridade estatística e com o melhor em campo.
Neymar registava um GoalPoint Rating de 6.6, com dois passes para finalização, dois dribles certos em cinco e cinco conduções aproximativas. O melhor dos lisboetas era Enzo Fernández, com 5.8, quatro acções defensivas, três delas no meio-campo adversário.
O Benfica corrigiu posicionamentos na segunda parte, definindo melhor as zonas a ocupar para anular os contra-ataques contrários. Os portugueses passaram a ter mais bola, iniciativa e remates e, aos 62 minutos, chegou ao empate.
Marco Verrati fez falta sofre Rafa Silva na grande área e, na conversão do penálti, João Mário não falhou.
O PSG respondeu. A jogar em casa, o objectivo era mesmo a vitória, mas encontrou um Benfica que soube recuar nos momentos certos e fechar-se bem, nunca descurando o contra-ataque, e Draxler, em cima do minuto 80, esteve quase a marcar ante a sua antiga equipa, mas perdeu tempo de remate na sua grande área.
Mbappé ainda marcou, aos 86, mas o tento foi anulado por fora-de-jogo.
Melhor em Campo
Sem Messi, Neymar foi o homem que pegou no jogo e tentou dar aquele toque de desequilíbrio com passes de qualidade e arrancadas inesperadas.
O brasileiro foi o MVP em Paris, com um GoalPoint Rating de 6.5, graças a alguns números muito interessantes, como dois passes para finalização, sete ofensivos valiosos e oito aproximativos.
Foi o jogador que mais vezes tentou o drible, nove, com sucesso em quatro, e transportou muito jogo, terminando com sete conduções aproximativas (máximo do jogo). Foi o jogador mais carregado em falta (6).
Destaques do PSG
Mbappé 6.4
Um quebra-cabeças, devido à sua velocidade e repentismo. Contudo o Benfica soube mantê-lo mais ou menos dominado, terminando com dois remates enquadrados em três, o máximo de acções com bola na área contrária (11), quatro conduções aproximativas e três super aproximativas. Saiu lesionado perto do fim.
Sergio Ramos 6.3
O experiente central é um autêntico muro. Além da qualidade que apresentou no passe (93% de eficácia), ganhou quatro de cinco duelos aéreos… ofensivos, fez nove recuperações de posse e dois bloqueios de remate.
Bernat 5.9
No lugar do lesionado Nuno Mendes, o espanhol aventurou-se pouco no ataque, mas quando o fez, conseguiu ser travado em falta na grande área do Benfica, no lance que deu o 1-0. Terminou com três desarmes.
Destaques do Benfica
Florentino 6.3
O “polvo” esteve em todo o lado. Florentino impediu que a zona central do meio-campo francês explanasse o seu futebol com tranquilidade e terminou com cinco desarmes, um dos máximos do jogo, três intercepções e um corte decisivo.
Aursnes 6.2
O norueguês foi surpresa no “onze” inicial, numa tentativa de reforçar o meio-campo, mesmo que ocupando zonas mais encostadas ao lado esquerdo. Esteve em muito bom plano, cumprindo tacticamente com competência. Terminou mesmo como o jogador com mais passes para finalização da partida (3).
Otamendi 6.1
O amarelo visto na primeira parte, por falta sobre Mbappé, não condicionou o central argentino, que esteve sempre muito seguro. Além de ter acertado nove de 11 passes longos e realizado três variações de flanco, somou seis recuperações de posse e oito acções defensivas.
João Mário 6.0
Encostado ao lado direito, faltou-lhe velocidade para aproveitar melhor os espaços que Bernat deixava no corredor. Ainda assim, João Mário recuperou oito vezes a posse, completou duas de quatro tentativas de drible, fez dois passes para finalização e marcou, de penálti, o golo benfiquista.
Vlachodimos 5.9
Não se pode dizer que tenha tido muito trabalho, aliás teve menos do que na partida no Estádio da Luz, mas ainda assim foi importante, com duas defesas.
Enzo Fernández 5.8
O melhor do Benfica na primeira parte foi-se apagando um pouco, mas o seu trabalho defensivo foi fundamental, nomeadamente as sete recuperações de posse, três desarmes e duas intercepções.
Alexander Bah 5.8
Mais uma vez teve de lidar com Mbappé e nunca se precipitou, algo que foi determinante para a actuação positiva do lateral dinamarquês. Bah foi um de três jogadores que terminou com cinco desarmes, o máximo do encontro.
Grimaldo 5.8
O terceiro foi Grimaldo, que trabalhou imenso e, além desses desarmes todos, ainda recuperou quatro vezes a posse de bola. Não teve possibilidade de subir muito no terreno.
Resumo
// GoalPoint
Parabéns ao Benfica. Conseguiu igualar o feito dessa enorme potência do futebol mundial, o Reims que ainda há três dias empatou com o PSG.
Se não existissem milhões de “Carlos Silva”, passados e presentes, Portugal seria, de certeza, um país do primeiro mundo. Enfim, é o que há e podemos ter.
Mas o Carlos Silva disse alguma mentira?! Ficou ofendido com a verdade?! Provavelmente, e seguindo o seu raciocínio, se não existissem tantos AS (Armando Santos) o país estaria melhor. Pelo menos com os pés mais assentes na terra.
Quanto ao segundo parágrafo, não tenha qualquer dúvida, os AS deste país, passados e presentes, são uma ínfima minoria. E o que sabe o caro sobre a “verdade”? meu conceito de verdade obriga-me a não fazer qualquer tipo de comentário aos jogos de SCP e FCP. São estatística, mas acredite, poderia fazer um textinho engraçado/humorístico sobre os quatro jogos. E depreciativo, obviamente.