Descoberta inédita expõe o “botão de desligar” do sistema imunitário

metamorworks / Canva

Os cientistas descobriram o que é que desliga o “sistema de alarme molecular”. É uma descoberta crucial para a compreensão da nossa resposta imunitária.

Os cientistas descobriram o que é que desliga o sistema de alarme molecular que desempenha um papel crítico na nossa resposta imunitária.

O “super-herói” antibacteriano MR1 (molécula relacionada com MHC classe I) é uma proteína encontrada em cada célula do corpo humano que funciona como um sistema de alarme molecular, alertando as células poderosas do nosso sistema imunitário, os nossos glóbulos brancos, quando o cancro ou a infeção bacteriana estão presentes.

Embora estudos anteriores tenham revelado a maquinaria celular da qual o MR1 depende para ser ativado, não foi possível compreender como é que o alarme MR1 se “desligava”, até agora, avança a Sci Tech Daily.

A investigação, que incluiu os investigadores Hamish McWilliam da Universidade de Melbourne e José Villadangos do Instituto Doherty e do Instituto Bio21, foi publicada no Journal of Cell Biology e mostra o mecanismo molecular essencial que controla a expressão do MR1.

“O que descobrimos é que existem proteínas — chamadas AP2 (proteína adaptadora 2) — dentro das nossas células que se ligam ao MR1 e o arrastam para dentro das células”, sublinha McWilliam.

“Uma vez no interior, o MR1 já não pode fazer sinal aos glóbulos brancos, o que efetivamente desliga a resposta imunitária”, acrescenta.

No estudo, a equipa de investigação descobriu que, apagando o AP2 nas células ou mudando o MR1, poderiam regular a ativação do MR1 que, por sua vez, estimula ou inibe a presença de glóbulos brancos.

McWilliam salienta que esta é uma descoberta entusiasmante, uma vez que permitiu a compreensão fundamental da biologia do MR1 e contribuiu para os esforços globais de conceção de tratamentos de reforço imunitário.

“Ao compreender como desligar o MR1, poderemos ser capazes de bloquear ou aumentar a resposta imunitária, de a aproveitar e controlar a imunidade a agentes patogénicos ou tumores”, conclui McWilliam.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.