Jean-Luc Godard morreu “pacificamente” ao lado da família, na cidade de Rolle, na Suíça, depois de ter recorrido ao suicídio assistido.
A informação é divulgada pelo Conselheiro Jurídico e Fiscal da família do cineasta, Patrick Jeanneret, que refere que Godard recorreu ao suicídio assistido, que é legal na Suíça, no seguimento de “múltiplas patologias incapacitantes”, conforme cita o Le Figaro.
Godard, que é considerado o pai da “Nouvelle Vague” do cinema francês, “será cremado” numa cerimónia “íntima” e as cinzas ficarão na posse da mulher, refere ainda Jeanneret.
Há várias formas de suicídio assistido na Suíça, nomeadamente, a eutanásia passiva e a assistência ao suicídio. Esta última não está “regulamentada de forma específica, mas é autorizada em certas condições”, como atesta o Le Figaro.
Prestar assistência ao suicídio “impulsionado por um motivo egoísta” pode ser punido com uma pena de prisão até 5 anos, além de multa. Mas há organizações que se dedicam a esta prática, uma vez que não podem ser acusadas de ” qualquer motivo egoísta”, conforme vinca o mesmo jornal francês.
Entre estas organizações estão a Exit que, em 2021, acompanhou cerca de 1400 pessoas neste processo, segundo o Le Figaro.
Nos últimos anos, a Suíça registou um aumento nos suicídios assistidos no país que passaram de 187 casos em 2003 para 965 em 2015, de acordo com dados estatísticos das autoridades helvéticas.