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O autor do tiroteio de Chicago, Robert E. Crimo III, tem problemas mentais, mas conseguiu comprar cinco armas legalmente.
O Dia da Independência nos Estados Unidos da América ficou manchado por um tiroteio em Chicago. Robert E. Crimo III tem 22 anos e foi detido após horas de “caça ao homem”.
Enquanto decorria um desfile para assinalar o 4 de Julho, em Highland Park, começaram a ser disparados vários tiros. Sete pessoas morreram e cerca de 46 ficaram feridas, segundo dados atualizados.
O atirador comprou legalmente duas espingardas e três outras armas, apesar ter problemas mentais, escreve o Jornal de Notícias. A polícia informou esta terça-feira que as autoridades foram chamadas duas vezes a casa do suspeito em 2019, devido a ameaças de violência e suicídio.
Na altura, a polícia foi chamada por um elemento da família que pediu ajuda por Robert estar a ameaçar “matar toda a gente”. Foram-lhe confiscadas 16 facas, uma adaga e uma espada — não havendo registo de posse de armas de fogo.
O jovem disparou 70 vezes sobre a multidão com uma espingarda de alta potência, “semelhante a uma AR-15”.
O suspeito disparou a partir de um telhado de uma empresa, cuja sede é próxima do percurso do desfile. As autoridades acreditam que o ataque foi planeado durante várias semanas. Para fugir do local dos disparos, o homem disfarçou-se com roupas de mulher.
Robert E. Crimo III foi acusado por sete crimes de homicídio qualificado, segundo a CNN Portugal. A acusação pede pena máxima como condenação pelas sete mortes até agora verificadas.
O procurador do estado do Illinois, Eric Reinhard, garante que estas serão apenas as “primeiras de muitas acusações”. Reinhard sugere prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
A vice-Presidente dos Estados Unidos disse, na terça-feira, que os episódios de violência armada no país “têm de acabar”.
“Ontem [segunda-feira] deveria ter sido um dia de reunião com a família e amigos para celebrar a independência da nossa nação. Em vez disso, essa comunidade sofreu uma tragédia violenta. (…) Temos de acabar com este horror. Temos de acabar com esta violência”, disse Kamala Harris durante uma visita a Chicago, no estado de Illinois.
Harris conversou com familiares e amigos das vítimas do tiroteio, dizendo que “não há dúvida” que este trauma “vai perdurar”.
“Há uma longa cura que terá de acontecer, tanto física quanto emocional”, acrescentou.
Nesse sentido, a vice-Presidente afirmou que a população norte-americana concorda que é necessário “ser-se mais inteligente enquanto país”, para enfrentar o debate sobre a regulamentação da venda de armas de fogo.
Kamala Harris apelou ao Congresso dos Estados Unidos para “ter a coragem” de agir, proibindo as armas de assalto nos EUA.
ZAP // Lusa
