Governo tem realizado operações de descontaminação nas zonas de Fukushima atingidas pelo desastre nuclear, a 11 de março de 2011.
O desastre da central de Fukushima já aconteceu há mais de 11 anos. Agora, uma parte das aldeias próximas ao local atingido foi declarada segura este domingo, e os residentes já vão poder regressar, segundo o Observador.
O Japão foi atingido por um terramoto de 9.0 de magnitude a 11 de março de 2011, seguido de um tsunami que provocou o colapso de um dos reatores nucleares da central de Fukushima. A aldeia de Katsurao, a cerca de 40 quilómetros da central, contava com 1.500 residentes.
O governo nipónico tem realizado operações em larga escala de descontaminação das várias localidades na região de Fukushima, ao longo da última década.
“Este é um marco importante”, refere Hiroshi Shinoki, autarca de Katsurao. “É o nosso dever tentar trazer as coisas de volta ao normal tanto quanto seja possível”.
As restrições nas restantes zonas perigosas de Fukushima foram levantadas em 2016, mas apenas alguns residentes — os mais velhos — regressaram à localidade.
A aldeia de Katsurao, recentemente aberta, contava com 1.500 residentes antes do desastre. Agora, apenas vão regressar residentes de quatro das 30 casas.
De acordo com a CNN, um inquérito realizado em 2020 concluiu que 65% dos deslocados não pretendia regressar às suas antigas casa, sendo que 46% temiam ainda os resíduos tóxicos e 45% já se tinham estabelecido noutro local.
Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, explicou este mês que a abertura da aldeia de Katsurao representava a primeira vez que era permitido aos antigos residentes regressarem à chamada “zona difícil“, por causa do acidente nuclear.