China “não hesitará em iniciar uma guerra” se Taiwan declarar a independência

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How Hwee Young / EPA

O ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe

O ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, alertou durante uma reunião em Singapura com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, que Taiwan é território da China, que “esmagará de forma determinada” qualquer tentativa de independência da ilha.

A China “não hesitará em iniciar uma guerra” se Taiwan declarar a independência, garantiu um porta-voz do Ministério da Defesa chinês.

“Se alguém se atrever a separar Taiwan da China, os militares chineses não hesitarão por um momento em iniciar uma guerra, não importa o custo”, disse Wu Qian ao relatar os comentários do ministro da Defesa, Wei Fenghe durante a reunião com Lloyd Austin.

Wei proferiu as declarações durante o encontro com Austin à margem do Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura, tendo este sido o primeiro encontro presencial entre os dois desde que o governante norte-americano assumiu o cargo, em janeiro de 2021.

Os dois governantes tinham tido um primeiro contacto via telefónica em abril.

A reunião, que durou 30 minutos mais do que o previsto, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), ocorre depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter alertado em maio que uma anexação “à força” de Taiwan pela China implicaria uma intervenção militar dos EUA.

Na reunião, o secretário de Defesa dos EUA disse ao seu homólogo chinês que Pequim deveria “abster-se” de qualquer ação desestabilizadora contra a ilha de Taiwan, divulgou o Pentágono.

Os temas de atrito entre os EUA e a China multiplicaram-se nos últimos anos: mar do Sul da China, crescente influência da China na região Ásia-Pacífico, a guerra na Ucrânia e Taiwan.

A China considera esta ilha de 24 milhões de habitantes como uma das suas províncias históricas, ainda que não controle o território, e Pequim aumentou, nos últimos anos, a pressão militar contra Taiwan.

A reunião entre Wei Fenghe e Lloyd Austin ocorre semanas após a incursão de 30 aviões militares chineses na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan (‘Adiz’) – a maior operação desse tipo em 2022.

Os Estados Unidos acusaram a China de aumentar as tensões sobre Taiwan, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a citar as incursões como um sinal de “retórica e atividade cada vez mais provocadora” por parte de Pequim.

Durante uma visita ao Japão no mês passado, o Presidente Joe Biden pareceu ter rompido com décadas de política norte-americana quando, em resposta a uma pergunta, indicou que Washington poderia defender militarmente Taiwan no caso de uma invasão por parte de Pequim.

Desde então, a Casa Branca insistiu que a “ambiguidade estratégica”, o conceito deliberadamente vago que governou a política de Taiwan de Washington por décadas, permanece inalterado.

ZAP // Lusa

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8 Comments

  1. O Mundo Ocidental, tem que deixar de depender deste países ditatoriais. Que se lixe a China, Que se lixe a Rússia e outros semelhantes a eles. Retirem de lá, as empresas ocidentais, que regressem aos seus países de origem, aumentarão o emprego por cá e ficaremos autossuficientes e na mesma, países do 1º mundo, que de grosso modo, claro, a china não consome, só produz e só vende, é mais o dinheiro que eles ganham à nossa custa do que o dinheiro que eles gastam connosco ou nos nossos países. O Saldo é negativo para nós!

    • E está disposto a consumir 10 vezes menos?! É que se deixa de fabricar na China ou passa a consumir muito menos (porque os bens ficarão muito mais caros) ou terá de estar disponível para trabalhar por muito menos.

  2. Os países da Europa e América do norte lutaram arduamente contra o comunismo, e deixaram fugir as empresas todas e todo o know-how de 100 anos para um país comunista. e está hein?

  3. Os maiores responsáveis pela situação atual são os políticos ocidentais com a sua política de globalização que só poderia ter dado nisto, o expansionismo desses países à custa de mão de obra barata a tal que até aí era frequentemente criticada nos órgãos de comunicação ocidentais e que a partir daí passou a ser simplesmente ignorada. Resultado de tudo isso, desemprego na Europa com custos elevados e estagnação, em contrapartida, na Ásia passou a haver desenvolvimento para alimentar regimes ditatoriais que gradualmente procuram infiltrar-se noutras zonas do globo!

  4. Será que é desta que aprendem de uma vez a não depender de países que nada de bom touxeram para o mundo?
    Nunca trouxeram nada de bom para o mundo!

  5. O que os EUA querem e Guerras , seja na Europa através da Nato seja na Asia, eu como muitos terei de Morrer um dia mas já que estamos a entrar em crise que venha de lá essa Guerra de uma Vez da Russia -EUA Nato Europa e China- EUA e Nato para acabarmos com o Planeta de vez

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