Cada vez mais, famílias norte-americanas mudam-se para Portugal à procura de escolas mais seguras. Os recentes tiroteios vêm confirmar os seus medos.
Os Fisher-Muñoz e os Baxley são duas famílias norte-americanas que se mudaram do Texas para Lisboa, à procura de escolas mais seguras para os seus filhos. O recente massacre na Robb Elementary School, em Uvalde, comprovou as razões que os levaram a tomar esta decisão.
Tara Fisher-Muñoz, o seu marido e os seus dois filhos adolescentes mudaram-se para o bairro do Areeiro em julho do ano passado, vindos de Austin. Procuravam uma fuga à política dos Estados Unidos e uma vida de alta qualidade, conta o Mensagem de Lisboa.
Não são exemplo único. Há um número crescente de norte-americanos a mudarem-se para Portugal por razões semelhantes.
O dicionário Priberam define “refugiado” como aquele que “é forçado a abandonar o seu país por motivo de guerra, desastre natural, perseguição política, religiosa, étnica, etc. Pode-se então considerar que estes norte-americanos que procuram refúgio em Portugal são uma espécie de ‘novos refugiados’.
Como o processo de conseguir um visto para Portugal era mais fácil, a família — toda ela fluente em espanhol — decidiu por Portugal em vez de Espanha. Ainda assim, não se mostra desapontada. “Tudo em Portugal é incrível”, conta Tara. “E é muito seguro”.
Quando Tara falou aos filhos sobre a possibilidade de virem para Portugal, os jovens mostraram-se reticentes. “Mas depois, com todas as notícias e as escolas com todos os problemas de insegurança que têm, disseram que sim, queremos mudar para um país mais seguro”, conta a norte-americana.
Este é um caso semelhante ao da família Baxley. Allison também se mudou com seu marido e dois filhos para Cascais, em julho do ano passado.
Escolheram Cascais devido ao clima, à proximidade de Lisboa e às várias escolas internacionais. Os seus filhos estão agora na Aprendizes, uma escola que vai do pré-escolar ao 12.º ano com ensino em inglês e em português.
“Pagamos agora por dois filhos, a tempo inteiro, o mesmo que pagávamos só para a creche de meu filho em Nova Iorque”, realça Allison em declarações ao Mensagem de Lisboa.
“Estão a acontecer muitas coisas nos Estados Unidos que são comoventes e frustrantes”, diz Baxley. “Queremos que os nossos filhos estejam seguros na escola. Com o que aconteceu recentemente, é mais que óbvio que as coisas não vão numa boa direção”.
Morreram duas professoras e 19 crianças no tiroteio na escola texana. Salvador Ramos, de 18 anos, foi o autor dos disparos.
Segundo o Global Peace Index de 2021, Portugal é o quarto país mais seguro do mundo, apenas atrás de Islândia, Nova Zelândia e Dinamarca. Os Estados Unidos, por sua vez, surgem apenas no 122.º lugar do ranking, posicionados entre o Azerbaijão e a África do Sul.
Sobretudo mudam-se para Portugal porque não pagam impostos. Se Portugal fosse tão bom os portugueses seriam os primeiros a pararem de emigrar. Feitas bem as contas aos filhos e netos da primeira grande geração de emigrantes já há mais portugueses fora do que em Portugal.
Ah?
“Só” há cerca de 2,5 milhões de portugueses fora de Portugal.
Filhos e netos nascidos fora de Portugal, obviamente não são portugueses!!
Os americanos tem que pagar SEMPRE impostos nos EUA, independentemente de onde vivam!
Só renunciando à nacionalidade é que se livram disso – como fez por exemplo a Tina Turner, que vive na Suíça e deixou de ser americana.
Portugal……Um enorme “Club Med” !