Há uma dieta certa para uma vida longa

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Ter uma vida mais longa pode depender de vários fatores — um dos quais é a genética. Estar destinado a um futuro longo e saudável que se prolongue por décadas. Acontece que o destino não é algo ininterrupto.

A dieta que se como e da forma que se come pode determinar uma longa vida saudável.

Valter Longo, gerontologista da Universidade do Sul da California, nos EUA, está convencido de que existe uma fórmula ideal para o jejum e a dieta que poderia levar o ser humano a maximizar a vida.

Para descobrir essa fórmula ideal, explica a Science Alert, Longo e a investigadora Rozalyn Anderson, da Universidade do Wisconsin, analisaram estudos sobre longevidade e nutrição numa variedade de seres vivos, e a sua relação com os seres humanos.

O estudo foi publicado na Cell, em Abril deste ano.

“Explorámos a ligação entre nutrientes, jejum, genes e longevidade em espécies de vida curta, e relacionámos estas ligações com estudos clínicos e epidemiológicos em primatas e humanos”, diz Longo.

Um único método prescrito de alimentação não é suscetível de alguma vez se tornar uma abordagem de um modelo universal.

Variações nos hábitos alimentares introduzem uma variedade de prós e contras para a saúde de outras espécies, de simples micróbios a vermes e mamíferos como o Homem.

As diferenças entre genes e fases de desenvolvimento determinam os riscos e benefícios de diferentes produtos alimentares.

As pessoas com mais de 65 anos, por exemplo, podem precisar de adicionar um pouco mais de proteínas na sua dieta, apenas para garantir que os seus corpos têm  ingredientes para aumentar a massa corporal e protegerem-se contra a sua crescente fragilidade.

Embora seja necessária mais investigação para determinar os detalhes, os tipos de alimentos em que podemos querer concentrar-nos nas nossas listas de compras já são bastante claros.

De acordo com Longo, a receita certa para uma vida longa é uma boa quantidade de hidratos de carbono não refinados, e proteínas e gorduras de origem vegetal suficientes para satisfazer cerca de um terço das suas necessidades energéticas.

“Muitas leguminosas, grãos inteiros e vegetais; alguns peixes; nenhuma carne vermelha ou carne processada e pouca carne branca; baixo teor de açúcar e grãos refinados; bons níveis de nozes e azeite, e algum chocolate preto”, diz Longo.

Mas, além do que coloca no prato, quem quiser desfrutar de muitos anos de vida também tem de planear quando deve comer.

As refeições devem ocorrer num período de doze horas, enquanto o ciclo de cinco dias de jejum, de três em três meses, também ajudará a manter a tensão arterial sob controlo e os riscos de resistência à insulina serão baixos.

Assim, escolher a comida certa, e quando a come, pode ajudar a ter uma vida mais longa.

Inês Costa Macedo, ZAP //

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