NASA
A EEI – Estação Espacial Internacional
Russos exigem levantamento de todas as “sanções ilegais” para reatar das relações de cooperação.
A agência espacial russa anunciou ontem que vai terminar a sua cooperação com a Estação Espacial Internacional (ISS), a Agência Espacial Europeia e a NASA, numa reação imposta pelos diversos países do ocidente em função da invasão da Rússia à Ucrânia. No Twitter, Dmitrii Rodozin, diretor da da agência espacial russa Roscosmos, explicou que o “o objetivo das sanções é aniquilar a economia russa, mergulhar o povo russo em desespero e na fome, e fazer com que o país caia de joelhos”. “É evidente que não o conseguirão fazer, mas as intenções são claras.”
O responsável prosseguiu, esclarecendo que as as relações que existiam anteriormente só poderão ser reestabelecidas quando as “sanções ilegais” forem levantadas na sua totalidade e de forma “incondicional”. Como consequência desta posição, as autoridades russas deverão divulgar brevemente “propostas de datas concretas para a conclusão da cooperação com as agências espaciais dos Estados Unidos, Canadá, União Europeia e Japão”.
Esta posição já era esperada, depois do diretor da agência russa, próximo de Vladimir Putin, ter anunciado que as sanções estavam a colocar em causa o desenvolvimento da Rosmos e que podiam levar à destruição da parceria entre a Rússia e a Estação Espacial Internacional, nascida em 1998 após 13 de negociações.
O jornal Público, que sita a agência noticiosa Efe, escreve que a Rosmos apresentara um ultimato à NASA, à Agência Espacial Europeia e à Agência Espacial Canadiense no sentido que estas levantassem até 31 de março as sanções que tinham imposto às duas organizações sob sua alçada: a TsNIIMash, um centro de investigação de engenharia mecânica, e o TsSKB-Progress, que desenvolve foguetes espaciais.
A partir das respostas ficou perceptível a intransigência dos organismos ocidentais, com as autoridades russas a lerem a posição como um bloqueio económico.
De acordo com planos anteriormente anunciados, a Rússia deveria ficar na Estação Espacial Internacional até 2024, com a previsão do lançamento da sua própria estação após essa data. A separação foi acelerada pela invasão à Ucrânia e o isolamento que os países ocidentais estão a impôr à Rússia. Restam agora dúvidas quanto ao futuro da estrutura, com Rogozin a afirmar que esta fica condenada sem a Rússia, já que o país fornece não só o combustível como também elabora a previsão das colisões, por exemplo.
Quero ver se bloqueiam o Glonass…
É lamentável que se interrompa um dos projetos de cooperação verdadeiramente pacíficos em que, enquanto terráqueos, conseguimos construir. Estamos a deixar-nos levar de novo por uma lógica de confrontação e guerra em que muitos seres humanos regressam a um estado de “carne para canhão” para que governanças, lideranças e insdústrias de guerra possam entreter-se a ocupar ou a defender territórios, para que outros depois façam o redesenho de novos mapas e fronteiras como uma manta de retalhos coloridos, e outros ainda construam as narrativas históricas, que hão de gravar as supostas façanhas e tragédias humanas para as gerações futuras, enquanto a muitos jovens de ambos os lados, roubaram toda a possibilidade de futuro.
Isto é fácil de resolver. Basta levantar as sanções à TsNIIMash e TsSKB-Progress, mas os EUA é que não o querem fazer. As sanções a estas 2 organizações irão afectar o Putin ? Não! Irão afectar toda a humanidade como aliás se viu com o anunciado fim da cooperação entre as nações. Os russos não são satélites ou vassalos dos EUA e agora a humanidade e a ciência é que perdem.
As sanções e embargos dos EUA variados países têm sempre o mesmo fim, quebrar a economia e o desenvolvimento de países, com o objectivo de incentivar a mudanças de governos. Alguém que me explique qual a razão da existências de sanções e embargos a Cuba ?
Deixemos a exploração espacial fora do eterno conflito entre EUA e Rússia. A humanidade precisa de todos para desenvolver a ciência.
Os EUA têm a convicção que são os donos do mundo e todos os outros países são seus vassalos. De facto têm o poder do dinheiro e das armas, mas toda essa arrogância demonstra que estão em acelerado declínio. O mundo, os países sub-desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, a maioria do território e população mundial, não aceita tal situação de colonialismo e opressão constante.