Capitão quer hino a cappella. Seleccionador elogia Macedónia do Norte, que chegou a esta fase “por mérito próprio”.
O último jogo de apuramento para a fase final do Mundial 2022, entre Portugal e Macedónia do Norte, vai juntar no Estádio do Dragão a oitava melhor selecção na tabela FIFA contra a 67.ª classificada na mesma lista.
Portugal, que está entre as 10 melhores há muito tempo, vai receber uma equipa que – comparando apenas com selecções europeias – está atrás de Albânia, Eslovénia ou Finlândia.
No entanto, Fernando Santos avisa que é preciso olhar com cuidado para esta selecção: “Os jogadores já começaram a ver a Macedónia do Norte. Viram como jogam, não só o último jogo (vitória na Itália). Mas o último jogo pode deixar uma marca que não é verdadeira, não retratou o que é a Macedónia do Norte. Esse jogo foi de sentido único, mas a Macedónia do Norte é uma equipa organizada defensivamente, sabe jogar em contra-ataque”.
O seleccionador português apela à entrega, à vontade e ao espírito de sacrifício, para derrotar uma equipa que “vale no seu todo” e que, lembrou Fernando Santos, venceu na Alemanha durante a fase de grupos de apuramento: “Estão aqui por mérito próprio”.
“Se não olharmos para Macedónia do Norte por aquilo que vale no seu todo, claro que vamos correr riscos. Fizemo-lo com a Turquia e temos de repetir a dose”, reforçou, durante a conferência de imprensa de antevisão ao duelo desta terça-feira.
A análise ao adversário destacou o bloco baixo e os contra-ataques: ”Jogam em bloco baixo, provocam a saída em contra-ataque. São bastantes fortes, com jogadores muito rápidos, mas, quando têm bola, procuram sair a jogar.”
“Conhecemos a Macedónia, sabemos o que fazem. Estamos preparados. Temos de responder à altura, é um jogo de vida ou de morte. Temos de responder com entrega, vontade e espírito de sacrifício. Se fizermos isso, estamos mais perto de ganhar. Eu acredito que sim, vamos estar no Qatar”, comentou o treinador.
Fernando Santos resumiu a sua vontade de vencer: “Prefiro não sofrer, até porque já tenho alguma idade e depois o meu coração não aguenta estas coisas todas. Mas quero é ganhar”.
A sugestão do capitão
Cristiano Ronaldo também esteve nesta conferência de imprensa sobre “o jogo da vida” e destacou o apoio dos adeptos portugueses. Deixando uma sugestão: “Fui para a cama a pensar nisto: gostava que o hino começasse, depois a música parava e nós todos no estádio – jogadores e adeptos – cantássemos. Sem música”.
Têm sido persistentes as dúvidas sobre se o Mundial 2022, caso esteja no Qatar, será o último Mundial para Cristiano. O capitão foi claro: “Quem vai decidir o meu futuro sou eu, mais ninguém. Se me apetecer jogar mais, jogo. Se não me apetecer jogar mais, não jogo. Quem manda sou eu, ponto final”.