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Artista mostra como ficariam monumentos famosos num apocalipse climático

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O artista francês Fabien Barrau re-imaginou como seriam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Para alguns, crise climática é um termo abstrato, que ouvem replicado várias vezes pelos políticos, ativistas e comunicação social. Já dizia o filósofo chinês Confúcio que uma imagem vale mais do que mil palavras.

Foi com isto em mente que o fotógrafo e artista digital francês Fabien Barrau criou “News From The Future”, uma série de imagens de como ficariam alguns marcos arquitetónicos famosos depois de um apocalipse climático.

Criadas com a ajuda de um drone e com as suas habilidades de Photoshop à mistura, as imagens mostram o estado de monumentos como o Coliseu de Roma e o Arco do Triunfo depois de afetados pelo extremo da crise climática.

“Estou convencido de que uma simples imagem pode ter mais impacto nas pessoas, especialmente nos mais jovens, para entender as consequências da inação”, disse Barrau à VICE.

“Esta série é um trabalho pessoal de antecipação das consequências das alterações climáticas”, explicou o artista francês. “Não é um trabalho científico, mas um trabalho artístico onde me inspiro nas probabilidades dos dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”.

Segundo um relatório do IPCC, de agosto do ano passado, todas as regiões habitadas da Terra já são afetadas pelas alterações climáticas e o limite de 1,5º C será atingido mesmo no melhor dos cenários nos próximos 20 anos. Eventos climáticos extremos serão mais frequentes e intensos e algumas das alterações são “irreversíveis”.

Para visualizar as consequências catastróficas, Barrau retocou digitalmente fotografias de bancos de imagens e fotos capturadas por drone.

É possível ver a Torre Eiffel, em plena Paris, no meio de um deserto de areia, ou a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, com água pela cintura.

O artista inspirou-se em grande parte na ficção, nomeadamente nos filmes Planeta dos Macacos, Mad Max, Akira e o documentário da National Geographic Aftermath: Population Zero.

“Gosto de fazer fotografia de paisagem e arquitetura e tive a oportunidade de viajar para vários países para fotografar ambientes fabulosos”, disse à VICE. “Mas, ao longo dos anos, tenho sentido cada vez mais os efeitos devastadores desta crise climática na biodiversidade, nas paisagens e nas pessoas. Parece-me difícil continuar a fingir que nada mudou”.

Daniel Costa, ZAP //

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2 Comments

  1. impressionante , nao vou por em causa as alteraçoes climaticas em parte provocadas pela intervençao humana ,mas no passado tivemos subitas mudanças climaticas como a mini idade do gelo de 1300 a 1858 ,em alturas que nao existia poluiçao humana justificavel ,temo que este fenomeno nao esteja a ser estudado das formas mais imparciais e objectivas ,pois esta a ser usado como Moeda de troca de Politiquices e interesses Partidarios

  2. Ser um bom executante técnico não lhe atribui o título de “artista”… pelo menos até se decidir… ou bem que Paris e Nova Iorque ficam submergidas em areia… ou em água…

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