As estatísticas históricas da Itália contra a Macedónia do Norte (e contra a Suíça)

EPA/Carmelo Imbesi

Selecção italiana desanimada após derrota com Macedónia do Norte

Campeã europeia nem vai estar na fase final do Mundial 2022. Houve 32 remates italianos. E recordou-se o jogo com a Suíça.

É compreensível que as atenções dos adeptos portugueses de futebol estivessem centradas no Estádio do Dragão, onde Portugal venceu a Turquia por 3-1, na meia-final do acesso ao Mundial 2022. Mas também é compreensível que as atenções dos outros adeptos de futebol estivessem centradas em Palermo, onde a Itália perdeu por 0-1 contra a Macedónia do Norte.

Foi o choque do futebol europeu, na noite desta quinta-feira. Aleksandar Trajkovski marcou aos 91 minutos e colocou a sua selecção na final deste play-off, contra Portugal.

A Itália dominou praticamente o jogo todo. Atacou, atacou e voltou a atacar. Mas o golo é que não chegou. Domenico Berardi foi o protagonista, pela negativa, no que diz respeito a ocasiões claras de golo desperdiçadas; e o guarda-redes Stole Dimitrievski respondeu muito bem, quando foi preciso.

A questão é que não foi preciso muitas vezes. As estatísticas oficiais da UEFA atribuem 64% de posse de bola à Itália (chegou a ser 80% em várias fases do duelo), 67-15 em ataques, 16-0 (?) em cantos e 32-4 em remates.

Mas, entre esses 32 remates, apenas cinco seguiram na direcção da baliza. A Macedónia acertou duas vezes na baliza, em quatro tentativas: uma foi defendida por Gianluigi Donnarumma e a outra terminou com golo.

Um golo marcado por Trajkovski, que durante quatro anos foi avançado do…Palermo, que recebeu este encontro. E o mesmo Trajkovski marcou contra a Itália na qualificação para o Mundial 2018, complicando as contas dos italianos na altura.

E, tal como na altura, a Itália falhou a presença na fase final do Mundial. Desta vez com o estatuto de campeã europeia. A Itália é a quarta campeã europeia a não chegar ao Mundial seguinte, depois de Checoslováquia (1978), Dinamarca (1994) e Grécia (2006).

A Suíça e o tetra

Muitos adeptos italianos terão lamentado, não só este desfecho contra a Macedónia do Norte, como também o desfecho do duelo com a Suíça.

Em Novembro do ano passado, na penúltima jornada do Grupo C de qualificação para o Mundial 2022, a Itália recebeu os suíços e as contas eram favoráveis: se ganhasse, estaria já apurada. Aos 90 minutos, Jorginho teve direito a uma grande penalidade – e nem acertou na baliza. 0-0 nesse jogo, 0-0 na deslocação à Irlanda do Norte, três dias depois; e foi a Suíça a qualificar-se.

A Itália foi campeã mundial, pela última vez, em 2006. Foi o quarto título mundial. Desde aí, o trajecto é claramente fraco: não passou da fase de grupos, nem em 2010, nem em 2014; e nem se apurou nas duas edições seguintes do Mundial.

Na próxima terça-feira será Portugal a tentar vencer a Macedónia do Norte, uma selecção que, além de ter ganhado em Itália, foi à Alemanha ganhar por 2-1, há praticamente um ano. Os adversários de Portugal ficaram no segundo lugar do Grupo J, atrás dos alemães e à frente de Roménia, Arménia, Islândia e Liechtenstein.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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