Medida inédita na União Europeia não trouxe os resultados desejados. Nem na vacinação, nem no panorama geral da pandemia.
A medida anunciada no mês passado, Janeiro, foi inédita dentro da União Europeia, originou muitos protestos locais, mas foi mesmo aprovada: a vacinação contra a COVID-19 passou a ser obrigatória na Áustria.
A lei, aprovada por maioria no Parlamento austríaco, entrou em vigor no início deste mês, dia 5 de Fevereiro, mas não está a ter as consequências desejadas pelos responsáveis de saúde.
O jornal austríaco Kronen Zeitung informa que, desde que a vacinação passou a ser obrigatória, a adesão da população à vacinação desceu.
O artigo do jornal traz números concretos: no último dia antes do novo regime, em Viena, um pouco mais de 8 mil pessoas foram vacinadas; no primeiro dia da vacinação obrigatória, também na capital, apenas 5.5 mil pessoas foram vacinadas.
E, até agora, sob a nova lei, o dia com mais estreantes em vacina (primeira dose) teve uma adesão menor do que o dia 4 de Fevereiro, o último antes da vacinação obrigatória.
Um dos oficiais de saúde pública na capital Viena, Peter Hacker, confirma que o plano não resultou: “Não foi uma boa estratégia e o objectivo não foi cumprido. Não esperamos uma corrida à vacinação nas próximas semanas”.
O objectivo de vacinação em massa, pelo menos para já, não foi cumprido. E o panorama geral da pandemia na Áustria também não melhorou.
Todos os estados austríacos continuam em “zona vermelha”, e ainda bem longe da “zona laranja”, segundo o mesmo jornal.