A vida amorosa de Adolf Hitler foi curta, mas cheia de percalços. Duas relações acabaram em suicídio e uma delas ficou-se pela tentativa.
O número de artigos escritos sobre a vida sexual de Adolf Hitler quase supera a cobertura da sua carreira política e crimes de guerra. Este é um surpreende facto que ilustra o fascínio das pessoas com a vida amorosa do mais infame ditador da História.
Hitler nunca se terá mostrado muito preocupado com relacionamentos, fossem eles sexuais ou românticos. A biografia “Hitler”, de Joachim C. Fest, caracteriza o Führer como um indivíduo distante e profundamente sério. Desde jovem que os seus interesses andavam longe das mulheres, dando mais atenção à ópera e à arquitetura.
O panorama não terá mudado conforme foi crescendo. Hitler era solteiro e parecia não ter amantes ou namoradas. O ditador orgulhava-se disso, preferindo concentrar-se na Alemanha em vez de numa única pessoa.
Esta era a imagem vendida pelo Terceiro Reich, mas que acaba por não ser de todo fidedigna, escreve o portal Big Think. O supostamente celibatário Hitler teve casos com várias mulheres e todos terminaram em tragédia.
O primeiro caso sério foi com a sua própria sobrinha, Geli Raubal, filha da sua meia-irmã. O biógrafo Michael Lynch escreve que Geli “forneceu o tipo de companheirismo que a política não oferecia”.
Não há evidências que Hitler e Geli Raubal tenham tido relações sexuais, mas certamente a sua relação foi longe de típica. Hitler era até extremamente possessivo, proibindo Geli de usar certas roupas ou socializar sem a sua permissão.
O líder autoritário chegou mesmo a proibir a sobrinha de casar com um outro homem. Geli não aguentou mais e, uma dada manhã, depois de Hitler partir para um comício em Nuremberga, a jovem suicidou-se com um dos seus revólveres.
Este incidente até podia ter levado a um desfecho completamente diferente da História mundial. Isto porque, na altura, os jornais especularam que o próprio Hitler tinha matado Geli.
Os rumores ameaçaram a sobrevivência de todo o Partido Nazi e Hitler até considerou abandonar a política — algo que, evidentemente, não veio a concretizar-se.
Um novo amor que (quase) acabou em suicídio
Conforme Adolf Hitler foi elevando o nome da Alemanha, o número de admiradoras do Führer foi aumentando. Unity Mitford, uma socialite inglesa, era uma delas. Unity mudou-se para Munique e fez de tudo para se tornar um membro confiável do círculo íntimo de Hitler.
O antissemitismo de Unity Mitford agradou ao ditador germânico, que começou a andar com a britânica publicamente — levando-a inclusive aos Jogos Olímpicos de 1936.
Quando a Segunda Guerra Mundial brotou, Unity implorou a Hitler que não fosse para guerra com o seu país natal. Os apelos de nada valeram, levando a amante de Hitler a tentar o suicídio.
Ao contrário da sobrinha de Adolf Hitler, Unity sobreviveu ao disparo do revólver. Hitler pagou pelas suas despesas médicas e mandou a inglesa de volta para a sua família. Unity Mitford ficou com danos permanentes e morreria nove anos mais tarde, de meningite, causada pela bala no seu cérebro.
O último amor de Hitler
Eva Braun é indubitavelmente o nome mais conhecido da vida amorosa de Adolf Hitler. O Führer viria mesmo a casar-se com ela e, segundo relatos históricos, a pôr um fim às suas vidas, juntos.
Hitler conheceu Eva pela primeira vez ainda quando vivia com Geli Raubal. Esta foi-lhe apresentada por Heinrich Hoffmann, o fotógrafo oficial do Partido Nazi. Se Geli desprezava a obsessão de Hitler por ela, Eva invejava-a.
De acordo com Angela Lambert, autora de “A Vida Perdida de Eva Braun”, menciona uma tentativa fracassada de suicídio em 1931 como uma possível tentativa de chamar a atenção de Hitler.
Reinhard Spitzy, um oficial da SS, disse que Hitler queria uma dona de casa tradicional que cozinhasse e limpasse para ele, em vez de uma “mulher que discutisse com ele questões políticas ou que tentasse influenciar”. Eva Braun era precisamente essa mulher.
Eventualmente, Adolf Hitler casou-se com Evan Braun num bunker enquanto os soldados soviéticos se aproximavam de Berlim. Pouco depois de dizerem os seus votos, concordaram em suicidar-se juntos.
A secretária de Hitler, Traudl Junge, disse que Eva Braun não queria viver num mundo sem o Führer.