FC Porto 2-1 Marítimo | Calcanhar de Evanilson embala dragões

Naquela que foi a partida número 250 de Sérgio Conceição no comando em duelos oficiais, o FC Porto venceu na noite deste domingo o Marítimo por 2-1, num embate relativo à 20.ª jornada da Liga Bwin.

Um lance de génio de Evanilson abriu a contagem, Pepê, que ocupou a vaga de Luis Díaz, ampliou a vantagem, Edgar Costa ainda reduziu, mas os “azuis-e-brancos” conseguiram manter a vantagem e manter a invencibilidade na prova, com 18 vitórias e apenas dois empates.

Por seu turno, os insulares, que tinham sido a última equipa a sair do Dragão com os três pontos no campeonato, em Setembro de 2020, viram quebrada a invencibilidade que já durava há quatro partidas.

Decorria o minuto 18 quando o génio de Evanilson aqueceu a noite no Dragão, de calcanhar. O avançado abriu a contagem, culminando um belo desenho ofensivo, que ainda contou com as participações de Fábio Vieira (na abertura) e de Otávio (na assistência). Um golaço!

Apesar do maior ascendente dos anfitriões, que tinham mais posse de bola, remates ao alvo e iniciativa, o Marítimo não se remeteu a defender e esteve, aos 22 minutos, a centímetros de empatar, porém as coordenadas de André Vidigal saíram furadas. Iriam os maritimistas contrariar a tendência?

É que até agora os da Invicta venceram todos os encontros na Liga em que chegaram ao intervalo a ganhar.

Na primeira etapa, Evanilson – autor de quatro golos nos últimos cinco jogos – era o MVP com um 7.0, fruto de um golo, dois passes para finalização, oito passes aproximativos recuperados e cinco acções com a bola na área contrária.

Logo no reatamento, Paulo Victor travou o 2-0 a Evanilson, mas o segundo tento iria surgir instantes depois, quando Pepê estava no caminho e desviou um “tiro” de Otávio.

Octávio Passos / Lusa

Porém, a resposta dos forasteiros foi instantânea e Edgar Costa deu esperanças quando assinou o 2-1. Duelo palpitante e repleto de emoção.

Sem ter o encontro controlado, Sérgio Conceição foi obrigado a mexer no “puzzle”, Vasco Seabra ripostou, mas não mais o “placard” voltou a mexer-se.

Os líderes da competição contabilizaram a décima vitória de rajada e não perdem na Liga há 48 jogos consecutivos. Foi a segunda derrota do Marítimo em nove partidas desde que o novo timoneiro assumiu o leme da equipa, o primeiro percalço tinha sido no Estádio da Luz.

Melhor em Campo

Otávio é um pêndulo da equipa, o homem de equilibra sem bola e que desequilibra em posse.

Esta noite voltou a deixar isso bem patente, quando assistiu Evanilson para o primeiro golo e ofereceu o 2-0 a Pepê – Expected Assists (xA) de 1,5.

Já leva 11 passes de “morte”, melhor apenas o benfiquista Rafa. Mas a exibição do médio todo-o-terreno não se ficou por aqui: orquestrou nove passes valiosos, seis passes aproximativos, nove acções com a bola na área contrária, três dribles eficazes em quatro tentados, quatro acções defensivas no meio-campo do Marítimo, três desarmes e duas intercepções.

“Performance” de não cheia do internacional luso que terminou com um GoalPoint Rating de 7.7 e o título (merecido) de melhor jogador em campo.

Destaques do Porto

Evanilson 7.1 – Voltou a marcar, e que golaço. O dianteiro atravessa um grande momento, chegou aos 13 “tiros” certeiros na época – o sétimo na Liga. Muito dinâmico e inteligente a movimentar-se, ofereceu dois passes para finalização, somou sete acções com a bola na área adversária e sofreu três faltas.

Pepê 6.3 – Bom jogo do extremo, naquele que foi o primeiro teste após a confirmação da saída de Luis Díaz. Além de tentar dar largura às investidas na equipa, surgiu muitas vezes no espaço interior. Esteve no sítio certo para “desviar” a bola que deu o 2-0, criou uma ocasião flagrante, realizou seis acções com a bola na área contrária, recuperou a bola em quatro ocasiões e somou três acções defensivas no meio-campo insular.

Bruno Costa 5.8 – Esteve discreto na etapa inicial, mas surgiu com tudo no período final. Esteve na génese do 2-0, tendo ainda somado dois passes para finalização, quatro cruzamentos e cinco recuperações de bola.

Vitinha Ferreira 5.8 – Um motor fiável que gere os ritmos da equipa e que nesta fase é imprescindível, tanto no processo defensivo, como na manobra atacante. Da folha de serviços, anotou dois remates (desenquadrados), quatro passes valiosos, uma eficácia de 94% no capítulo do passe (78 certos em 83 tentados), seis passes aproximativos e nove recuperações de bola.

Wendell 5.7 – O lateral-esquerdo esteve seguro, não brilhou, mas também não comprometeu. Destaque para as três conduções aproximativas feitas, cinco recuperações e três acções defensivas no meio-campo adversário.

Grujic 5.5 – Fez de Uribe e não comprometeu. Foi quem mais desarmes fez, sete no total, acertou os cinco passes longos que fez e ainda visou o alvo adversário por duas vezes. Mas teve alguns detalhes menos bons, como explicado no tweet abaixo.

Fábio Vieira 5.5 – Até sair aos 61 minutos, completou seis passes valiosos, sete aproximativos – dado que mais ninguém atingiu – e um remate. O ponto alto foi a abertura que fez na jogada do 1-0.

Fábio Cardoso 5.3 – Bem na fase de construção – 50 passes correctos em 54 tentados -, recuperou a bola por quatro vezes e realizou dois desarmes. Pepe está de regresso, mas o antigo capitão do Santa Clara continua de pedra e cal no “onze” dos portistas.

João Mário 5.1 – Tentou dar imprimir um ritmo alto no corredor direito e não esteve mal nesta missão, com três passes valiosos, outros tantos aproximativos e duas acções com a bola na área do Marítimo.

Destaques do Marítimo

Alipour 6.5 – Deu trabalho a Mbemba e Fábio Cardoso. Aos 22 minutos assistiu Vidigal, mas este falhou o empate. Gizou dois passes para finalização, acertou três dos cinco dribles que fez e venceu todos os três duelos aéreos ofensivos em que participou.

Paulo Victor 5.9 – Esticou-se todo e negou a festa a Evanilson logo a abrir a segunda parte, numa das três defesas que fez. Sem culpas nos dois tentos sofridos.

Edgar Costa 5.6 – Saiu lesionado aos 65 minutos. Realizou um bom jogo: dois remates, um golo, 14 acções com a bola e quatro faltas sofridas.

Resumo

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