Antigo dirigente centrista desvinculou-se do seu partido de sempre em Outubro.
Adolfo Mesquita Nunes, antigo vice-presidente e candidato à liderança do CDS, anunciou ontem à noite que planeia votar na Iniciativa Liberal nas eleições legislativas do próximo domingo. O antigo dirigente assumiu que esta foi uma decisão difícil, depois de anos “sem pensar em quem votar“, mas que o “espaço de reformismo” que entende ser necessário para o país encontrou-o, sobretudo durante a campanha eleitoral, no partido atualmente comandado por João Cotrim Figueiredo.
“Não precisamos de mudar de Governo, precisamos de mudar de modelo de desenvolvimento. Andamos desde 1995 a seguir o modelo socialista de desenvolvimento. Precisamos mesmo de fazer reformas, sob pena de não darmos oportunidades às pessoas. […] Nos últimos dois anos, e acho que se reforça isso nesta campanha eleitoral, este espaço do reformismo sensato foi ocupado pela Iniciativa Liberal”.
Ainda assim, Mesquita Nunes admite que há questões que o separam do programa apresentado pela IL, sobretudo no que concerne à “dimensão social“. “Precisa de ser trabalhada e reforçada, para mim é uma questão importante”, apontou. “Mas num momento em que estamos a discutir como podemos pôr a economia a crescer para podermos dar mais salários, mais emprego e melhorarmos a mobilidade social, preciso de ter a certeza que está na Assembleia da República ou no Governo quem obrigue Rui Rio a fazer as reformas que são necessárias.”
Adolfo Mesquita Nunes, que se desvinculou do CDS no final de Outubro, trabalhou juntamente com João Cotrim Figueiredo entre 2013 e 2015, quando o primeiro era Secretário de Estado do Turismo e o segundo integrava o conselho diretivo do Turismo de Portugal, nota o Observador.