Ronnie O’Sullivan estava a perder por 5-7 na final mas deu a volta e conquistou mais um título. E nem precisou de apresentar a sua melhor versão.
O «foguete» está de volta aos títulos. Depois de ter perdido consecutivamente cinco finais na época 2020/21, o final do ano reservou o regresso dos troféus a casa de Ronnie O’Sullivan. O inglês venceu o World Grand Prix de snooker, pela segunda vez na sua carreira.
O torneio em Coventry serviu para fechar o ano com os 32 melhores jogadores de 2021. O’Sullivan não apresentou o seu melhor jogo de sempre, “tremeu” durante os duelos mas foi dando para chegar à final deste domingo.
Encontrou o sempre temível Neil Robertson no duelo decisivo e o troféu parecia estar próximo do australiano, que chegou à parte final a vencer por 7-5. Mas foi aí que apareceu o «foguete» e Ronnie O’Sullivan disparou para quatro frames seguidos sempre a vencer, até chegar aos 9-7.
Foi curioso ver a reacção de Neil Robertson pouco antes da confirmação do 9-7: Ronnie tinha acabado de conseguir uma sequência de 77 pontos, falhou, mas só ficaram disponíveis na mesa 59 pontos; mesmo assim Neil Robertson, aparentemente desorientado, ficou sentado durante uns segundos, a fazer contas – e decidiu mesmo voltar à mesa. Esperava conseguir o “milagre” de deixar Ronnie cinco vezes «em seco». Desistiu, poucas tacadas depois.
Robertson ainda reagiu no frame seguinte mas serviu apenas para adiar o desfecho: triunfo por 10-8 para o hexa-campeão mundial.
“Ele deveria ter conseguido uma margem muito maior, hoje de tarde, mas deu-me uma oportunidade. Aí consegui reagir naqueles quatro frames – basicamente foi isso que andei a fazer ao longo da maioria deste torneio”, admitiu o vencedor.
Ronnie O’Sullivan não exibiu o seu melhor snooker em Coventry e admitiu isso mesmo, no sábado, o dia anterior à final. Depois de ter vencido Stuart Bingham por 6-2, na meia-final, o inglês disse: “Nós os dois estivemos péssimos. Muito, muito fracos. Parecíamos dois jogadores de old club. Foi a sensação com que fiquei. Muito embaraçoso, mas foi o que foi”.