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Não estão previstas falhas no abastecimento de bens alimentares (mas preços podem disparar)

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O setor tem evitado penalizar os consumidores “mas começa a ser insustentável”, referiu Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA.

O aumentos dos custos das matérias-primas têm vindo a prejudicar as empresas do setor agroalimentar, que admitem poder haver um aumento na inflação.

Jorge Tomás Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), disse ao Expresso que “mesmo as matérias-primas em que os preços estabilizaram, estabilizaram em alta“.

Para já, nada faz prever uma quebra de preços nas matérias-primas de base e nas que servem de suporte às embalagens (como papel, cartão canelado, cartolina, onde já ouve aumentos da ordem dos 60%).

Se a esta sobrecarga se juntar os custos dos transportes, dos combustíveis e da eletricidade e do gás, “é natural que haja um forte impacto nesta atividade e em todas as linhas de produção”.

Tudo isto “irá ter seguramente consequências gravosas na economia nacional”. “Temos evitado penalizar os consumidores mas, na realidade, começa a ser insustentável“, admitiu o responsável.

Não deverá haver qualquer escassez de bens essenciais, mas o mesmo não se pode dizer de outras variáveis desta atividade, como contentores, camiões (“até por falta de semicondutores para os fabricar”) e de meios de transporte a granel.

“Perdem-se centenas de horas de trabalho em repartições a tratar de burocracias, o que ainda se agravou mais com a pandemia”, assinalou Jorge Tomás Henriques, acrescentando que “os custos são enormes e não há, infelizmente, fim à vista para esta tormenta”.

ZAP //

5 Comments

  1. Aumentam os preços mas continuam a oferecer quantidade… Não é maravilhoso? Ou seja, melhor que uma coisa cara, só muitas coisas caras. Se não há escassez de oferta, porque aumentam os preços no mercado? Por vigarice oportunista de quem anda a capitalizar com este problema.

    Toda a gente se arma em vítima do Covid pra ver se ganha com isto aquilo que não precisa nem nunca precisou. Temos realmente um país espectacular e eu digo “temos” embora já tenha voltado as costas a essa porcaria à muito tempo, porque ainda tenho nacionalidade tuga. E depois isto de termos um governo de esquerda que não controla os abusos de mercado e as práticas de cartelização dos preços… É a mesma trampa que termos o Chega no poder.

    • Este Miguel é mesmo só tonterias. Não fale do que desconhece por completo. Tenho como clientes várias empresas produtoras que fornecem as grandes cadeias de distribuição. E posso partilhar consigo que em 2021 vendeu-se muito, mas ganhou-se pouco ou até se perdeu nalguns casos. Os custos gerais de funcionamento subiram muito (para os produtores) e até ao momento foram muito poucos os que conseguiram renegociar as condições com a grande distribuição. Mas isso terá de acontecer e os preços irão subir. Não tenha quaisquer dúvidas.

  2. Sem dúvida, todos os custos associados a qualquer actividade estão inflacionados, inevitável será o aumento de tudo mesmo….

  3. Acabem com as embalagens, estimulem a economia regional e consumam alimentos não processados, que os preços vão despencar!

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