Esqueleto descoberto em Inglaterra pode ter sido vítima de uma crucificação Romana

(dr) Albion Archaeology

O prego encontrado no osso do calcanhar do esqueleto descoberto em Fenstanton, Inglaterra

Cientistas encontraram um esqueleto com um prego atravessado num dos pés, em Inglaterra, que consideram ser uma rara evidência de uma crucificação Romana.

Segundo o site Business Insider, o esqueleto foi encontrado durante uma escavação numa antiga povoação romana em Fenstanton, no condado inglês de Cambridgeshire, que remonta ao final do primeiro ou início do segundo século D.C.

O esqueleto, que se pensa ser de um homem que teria entre 25 a 35 anos, tinha um prego alojado no seu calcanhar, o que leva os arqueólogos a pensar que este indivíduo terá sido crucificado.

Depois de consultar um especialista em ossos humanos e de descartar várias teorias menos prováveis, a equipa concluiu que o prego foi colocado de forma forçada no pé da vítima durante uma antiga crucificação Romana.

Os pés da vítima estavam provavelmente “posicionados de cada lado do poste vertical da cruz, presos por pregos horizontais nos calcanhares”, escreveram os investigadores no artigo publicado na revista científica British Archaeology.

Segundo o mesmo site, esta é apenas a quarta execução deste género já conhecida em todo o mundo – e a mais bem preservada. E trata-se apenas da segunda vez em que há uma evidência física da crucificação.

Duas das quatro execuções – uma em Itália e outra no Egito – não tinham nenhum prego associado, ao contrário de um outro esqueleto encontrado em Jerusalém, em 1968, que tinha um prego posicionado de forma semelhante no seu calcanhar.

“Toda a gente já ouviu falar da crucificação por causa do Cristianismo. O que as pessoas não sabem necessariamente é que houve muitas formas diferentes usadas pelos Romanos para crucificar as pessoas. Portanto, não é apenas aquela imagem clássica, em cima da cruz, com os braços abertos e os pés juntos”, explicou ao Business Insider David Ingham, que liderou a escavação e é um dos autores do estudo.

“Era relativamente comum, mas só era feito com os crimes mais graves. Crimes que ameaçavam o Estado, particularmente sedição, bruxaria, esse tipo de coisas”, acrescentou.

ZAP //

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