Kyle Rittenhouse, autor do tiroteio durante uma manifestação do movimento Black Lives Matter em Kenosha, EUA, em agosto de 2020, foi esta sexta-feira considerado inocente.
Rittenhouse, agora com 18 anos, mas que na altura do tiroteio tinha 17, estava acusado pelo ataque que resultou na morte de duas pessoas, Joseph Rosenbaum, de 36 anos, e Anthony Huber, de 26.
De acordo com a linha da defesa, o jovem – que foi filmado a disparar uma espingarda semiautomática enquanto caminhava – agiu em autodefesa quando baleou os manifestantes.
Bruce Schroeder, juiz responsável pelo caso, fez estalar a polémica quando decidiu (antes do julgamento) que os homens atingidos por Rittenhouse não poderiam ser referidos como “vítimas” perante o tribunal, recorda o Expresso.
No entanto, aos advogados de defesa foram autorizadas expressões para os descrever como “incendiários” ou “saqueadores”.
A acusação contra Kyle Rittenhouse por posse ilegal de arma tinha já tinha sido retirada da lista de crimes que arriscava e que incluía homicídio em primeiro grau.
Schroeder argumentou que a lei não é clara no que respeita à acusação de posse de arma, dado o jovem ter 17 anos na altura dos factos.
Desta forma, Rittenhouse acabou por ser ilibado das cinco acusações que enfrentava.
Os 12 jurados consideraram que agiu em legítima defesa, inocentando-o da acusação mais grave, mas também das outras quatro, por homicídio e tentativa de homicídio.
Kyle Rittenhouse estava acusado de cinco crimes: dois de homicídio em primeiro grau, um de tentativa de homicídio, um de ameaça à segurança por ter uma arma semiautomática e outro de posse ilegal de arma.
Rittenhouse, de 18 anos, poderia ter sido condenado a prisão perpétua, pena pedida pela acusação, se tivesse sido considerado culpado da mais grave acusação de que era alvo: homicídio qualificado.
A decisão judicial já está a gerar controvérsia nos Estados Unidos, dividindo opiniões.
Segundo o The Guardian, cerca de 200 manifestantes em Portland, no estado do Oregon, partiram janelas e atiraram objetos à polícia na noite de sexta-feira, mostrando o seu descontentamento em relação à decisão de inocentar Kyle Rittenhouse.
Muitos cidadãos, informa o jornal britânico, apontam uma enorme discrepância entre o tipo de tratamento da polícia ao apoiante da milícia branca armada e aos manifestantes anti-racismo
Ainda assim, há muitos norte-americanos que concordam com o desfecho do caso, que atualmente está a dividir o país. O apoio ao jovem foi mostrado através do movimento “Free Kyle”.
Biden pede “calma”
O Presidente norte-americano apelou hoje à “calma” e contra revelou-se contra a “violência e a destruição de propriedade”, após a absolvição de um adolescente que matou dois homens em 2020 durante protestos anti-racismo e contra a violência policial.
“Fiz a promessa de unir os norte-americanos, porque acredito que o que nos une é muito maior do que o que nos divide. Sei que não vamos curar as feridas do nosso país da noite para o dia, mas continuo firme no meu compromisso de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que todos os norte-americanos sejam tratados com igualdade, com justiça e dignidade, de acordo com a lei”, pode ler-se em comunicado.
Joe Biden apelou, no entanto, para que “todos expressem as suas opiniões pacificamente e com respeito pela lei”.
“A violência e a destruição de propriedade não têm lugar na nossa democracia. A Casa Branca e as autoridades federais estiveram em contacto com o gabinete do governador [Tony] Evers [do Estado do Wisconsin] para se antecipar para qualquer consequência” neste julgamento, salientou.
ZAP // Lusa
O caso não divide os EUA.
O bom senso prevaleceu…
Merica!!
Tanto condenam inocentes a centenas de anos de cadeia (ou aos famosos milhões de indemnizações), como declaram inocente um assassino que veio de outro estado cheio de armas prepositadamente para matar alguém – e depois de matar 2 ainda passou calmamente pela polícia como se nada fosse e, só foi detido no seu estado no dia seguinte!…
Pois, o afro-americano que disparou num escola, também saiu livre no dia seguinte, e não te vi aqui a estrabixar..
Quem?!
Não faço ideia do que estás a falar, mas provavelmente esse deve ser tão bom como este “herói”!…
Eu
não fales de barato como de costume. Vê as imagens e depois diz-nos se o júri não teve razão.
São 12 jurados sem complexos.
Vi logo na altura!
Não falei do júri, que ficou limitado porque o juiz excluiu provas decisivas.
Mas é mais um heroi americano armado em cowboy que foi propositamente para o meio da dos bandidos provocar confusão e o resultado foi o que se viu…
O réu foi ilibado por unanimidade pelo júri (do qual também fazia parte um negro, já agora).
Foi feita justiça. Agiu em legítima defesa.
O juri está limitado às provas aceites pelo juíz.
Para mim é irrelevante serem negros, brancos, amarelos, etc – os manifestantes não valiam muito, mas esse rapazinho cowboy, de inocentes, NADA tem!!
O júri está limitado às provas aceites pelo juíz e ainda bem pois um membro do júri não costuma ter um diploma em Direito…
Exactamente…
Exactamente!…
O artigo começa mal, a chamar “manifestantes” a quem estava a pilhar e roubar.
Um longo julgamento em que imperaram provas sobre a inocência de Kyle Rittenhouse. Tudo para além disso serão tentatívas de ganho político. Fim.
Nem se percebe porquê tanto tempo para decidir um caso claro como a água. Só um fanático com motivações políticas pode achar que este jovem deveria ser culpado de homicídio. Limitou-se a defender-se, e bem, pois de outra forma quem estaria morto era ele. As supostas vítimas é que o perseguiram, foram para cima dele e tentaram agredi-lo e tirar-lhe a arma – coisa muito estúpida de se fazer a quem tem uma arma daquele calibre, já agora. Ele esquivou-se e evitou o confronto a todo o custo. Primeiro tiro disparado: “vítima” arremessa-lhe objectos e persegue-o furiosamente por entre vários carros estacionados até que o encurrala e agarra-lhe a arma – Pum. Segundo tiro disparado: “vítima” bate-lhe com um skate na cabeça e puxa-lhe a arma, por cima dele e com ele caído no chão, no mesmo momento em que uma multidão está prestes a cair-lhe em cima para o linchar – Pum. Terceiro tiro disparado: “vítima” aponta-lhe uma arma e tenta ganhar posição para um tiro à queima-roupa – Pum. As 3 situações são legítima defesa em todos os livros. Não houve mais tiros disparados pelo Kyle Rittenhouse. Nota adicional que o contexto não era propriamente de manifestação, mas sim de motim, destruição e pilhagem.
Um guna dos Super Dragões vai para o meio da claque Diabos Vermelhos provocar os “inimigos”; depois acontece o mesmo que nos EUA. O guna é inocente?!
Não se estava mesmo a prever o resultado?
Levar gasolina para um incêndio é o quê?
Só um fanático aliciando do mesmo tipo dos que invadiram o Capitólio para fazer semelhante proeza – de inocente tem ZERO!…
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É verdade que os outros loucos estavam a pilhar e a destruir, mas nos EUA não há polícia?!
Um rapazinho de 17 anos armado em cowboy (vindo de outro Estado) é que é o responsável pela segurança pública nos EUA?!
Se ele fosse vitima das pilhagens ou da destruição tinha toda a razão; assim é apenas mais um louco americano armado em herói!
E é mais uma bonita imagem dos EUA para o mundo…