Clássico entre Argentina e Brasil não teve golos mas teve um momento de muita controvérsia, envolvendo um defesa do Benfica e um ex-avançado do Sporting.
Argentina-Brasil. O grande jogo da América, e um dos jogos de futebol mais aguardados em todo o mundo, teve mais um capítulo nesta terça-feira. Desta vez sem golos: 0-0 em San Juan.
O empate colocou a Argentina na fase final do Mundial 2022, já que o Chile perdeu em casa com o Equador, pouco depois.
O Brasil lidera com 35 pontos e a Argentina é segunda classificada, com 29. Os dois rivais são os únicos conjuntos apurados – e também os únicos que ainda não perderam qualquer jogo, na zona sul-americana de qualificação para o Mundial.
O duelo entre os dois maiores países do futebol na América contou com entrega evidente dos jogadores, com 42 faltas, com muitas disputas de bola “quentinhas” e com algumas oportunidades de golo. Mas sem um grande espectáculo.
Apesar de momentos como este:
Cá entre nós, não deve ser muito fácil a vida dos haters de Vini Jr… O que foi isso… pic.twitter.com/RjcyVccWf2
— ge (@geglobo) November 17, 2021
O Estádio San Juan del Bicentenario também foi o palco do momento mais controverso dos últimos tempos, nos duelos entre Argentina e Brasil.
Os protagonistas foram Otamendi e Raphinha:
“O VAR tá aí pra quê?” pic.twitter.com/hxtVRtmOWy
— ge (@geglobo) November 17, 2021
O defesa do Benfica atingiu o antigo jogador de Sporting e Vitória de Guimarães. É visível a cotovelada mas, nem o árbitro principal, nem o vídeo-árbitro, decidiram expulsar Otamendi. Nem foi assinalada falta, no momento.
Tite, seleccionador do Brasil, estava irritado depois do jogo: “Vou tirar a máscara para falar. É simplesmente impossível… Vou repetir: é simplesmente impossível não ver a cotovelada do Otamendi no Raphinha. Isso ia determinar o resultado? Não sei”.
“Grande jogo entre os dois, mas há uma componente que tem que ser igual. Árbitro de alto nível de VAR não pode trabalhar desta forma, é inconcebível. E «inconcebível» não é a palavra que queria dizer. Estou a dizer isso esse porque sou educado”, continuou Tite.
O treinador defendeu o árbitro principal, o uruguaio Andrés Cunha, que é um árbitro “extraordinário, com altíssimas qualidade técnica e percepção, aspecto disciplinar muito alto. Mas a arbitragem é uma equipa. Quem está no VAR…”, atirou o seleccionador brasileiro.
A Confederação Brasileira de Futebol também deverá reagir e pedir o afastamento do árbitro Esteban Ostojich (que esteve no VAR) dos próximos jogos da selecção brasileira.
Esteban Ostojich foi o árbitro principal na final da Copa América deste ano, precisamente entre Argentina e Brasil. Na altura foi criticado por estar constantemente a assinalar faltas. E também tinha estado na meia-final da Copa América anterior, com as mesmas selecções, na qual não assinalou uma grande penalidade a favor da Argentina e que validou um golo polémico para o Brasil.