Gouveia e Melo afasta regresso à (extinta) task-force e critica “ideia peregrina” de juntar vacinações contra a covid-19 e gripe

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Miguel A. Lopes/ Lusa

O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da “task force” de vacinação contra a covid-19

O militar esteve presente numa conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde abordou os avanços feitos na administração das terceiras doses da vacina contra a covid-19 e os apelos das Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros para regressar às suas antigas funções.

O vice-almirante Gouveia e Melo afastou a hipótese de regressar à função de coordenador da task-force responsável pela vacinação contra a covid-19 em Portugal, comparando tal possibilidade uma ideia de “sebastianismo” que só prejudica o país.

“Estarei sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós“, disse numa conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

O militar é da opinião que, a propósito dos processos de vacinação, deve ser dado espaço às instituições nacionais para avançarem, “sob o risco de andarmos sempre de processo excecional em processo excecional”. “O meu papel enquanto militar foi ajudar a colocar um penso rápido na ferida. A ferida fechou e sarou, agora precisamos de viver sem pensos rápidos“, disse ainda Gouveia e Melo que, desta forma, refutou os apelos das Ordens dos Médicos e Enfermeiros para regressar à task-force — já extinta, aliás.

Numa conferência em que foi aplaudido de pé, o antigo coordenador disse que, atualmente, é necessário olhar com coragem para os dados dos novos infetados e tomar decisões de forma consciente, sem andar atrás de outros interesses.

“Temos de analisar neste momento quem é que está positivo, é preciso ter números e não entrarmos em pânico. Será que quem está a ficar positivo não são as pessoas que não foram vacinadas e se é isso é a terceira, quarta ou quinta dose que vai ajudar”, questionou. Gouveia Melo questionou também quantas pessoas estão a morrer das que estão vacinadas “e em que condições é que estão a morrer”, frisando que, sem esses dados, “é tudo ruído e em ruído podemos decidir mal”.

O militar aproveitou a conferência para deixar críticas à “ideia peregrina” de juntar os processos de vacinação da gripe e de reforço contra a covid-19, que terá tido origem nos responsáveis do sistema de saúde.

“Houve a ideia peregrina no sistema de saúde de que conseguiríamos fazer esta vacinação como se fosse a vacinação da gripe, normal. Era mais um esforçozito, vacinava-se um milhão e meio de pessoas. Portanto, vacinar nove milhões de pessoas vezes duas doses era só um bocadinho mais. Essa ideia peregrina às vezes parece estar de volta em muitas das atitudes. Temos de aprender com as lições, quem não aprende depois sofre consequências de não aprendizagem. Tivemos de evoluir os sistemas em andamento, em operações”, concluiu.

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12 Comments

  1. Vamos lá ver razoavelmente. A verdade é que o Vice-Almirante Gouveia e Melo tem razão referindo que a “Saúde Humana Coletiva” e a “ Vacinação contra a COVID19 não pode ser Politizada. E, a ideia de juntar a Vacinação Anti-Covid19 face à Pandemia,,, e à relevância dos mais de 500.000 milhões de óbitos…e a incerteza da 5.a Vaga…com a rotineira Vacinação anual da Gripe para um grupo de indivíduos específicos é algo irracional e incompreensível.

  2. Em Portugal tudo é politizado…A Economia Pública é politizada. Até a saúde coletiva e a vida da pessoa humana são politizadas. …Na Economia do Futebol não há politização! Todas as equipas ganhadoras e ambiciosas procuram os “Ricardinhos”, “Cristianos Ronaldos”, os “ Messi”, os “ Neymar”, os Mbapés”, e os melhores dos melhores. Deus abençoe Portugal e bem vindo o São Martinho.

  3. Aguardaremos os dados oficiais que referiu, quem está a morrer se são os vacinados ou os não vacinados….isto é que é importante esclarecer……

  4. A Biodiversidade da raça humana é enorme. Graças a Deus. As culturas humanas, as crenças, os gostos e preferências das pessoas, e as escolhas individuais divergem e conduzem o percurso da vida coletiva e a vida individual…e a boa sorte. As Ciências são coisas diferentes. As vacinas e os antibióticos são o exemplo de produtos da evolução das Ciências Médicas e Biológicas… Ainda há pessoas que não acreditam na matemática. Ainda há pessoas que perseguem os cientistas (doutorados a sério€) e não acreditam nas Ciências do Galileu Galilei… do Einstein, do Pitágoras… Há Doutores doutorados. E, há outros que parecem ser Dr. negacionistas ou por ignorância ou só para chatear não acreditando nas Ciências em geral.

  5. Não há dúvidas que as vacinas e a Vacinação salvam vidas humanas mas não têm que salvar a totalidade da humanidade. Os corpos humanos e organismos das pessoas não são todos iguais, desde a Anatomia, a Fisiologia e a Bioquímica humanas, os sistemas imunitários variam de pessoas para pessoas, há diferenças genéticas nas raças humanas e os estilos de vida, e o próprio processo de envelhecimento humano varia muito. Assim, as vacinas e a Vacinação não tem e não pode ter 100% de eficácia e salvar todos da mesma maneira. A história da Saúde Humana já demonstrou que a Vacinação é excelente terapêutica medicamentosa e ajuda no combate contra as doenças infecciosas letais e incapacitastes.

  6. E’ com tristeza que constato que o Governo nao aprendeu nada com este processo.

    Ouvi a Sra Directora Geral de Saude (DGS), e foi notorio o desconforto, para nao dizer mesquinha rivalidade, com o prestigio adquirido pelo Voce-Almirante, ao retorquir a pergunta do que achava do Vice, dando a entender que o sucesso da vacinacao devia-se ao que ela e os seus servicos ja’ tinham feito antes do Vice.

    Esta Sra podera’ ser uma boa medica, mas e’ um desastre como DGS; e’ uma incompetente, e ainda por cima arrogante disfarcada de sonsinha. Nao posso esquecer quando foi acusar na A.R. os que a criticavam de ser anti-patriotas.

    Esta Sra demosntrou ser incompetente, quando afirmou que o risco era muito pequeno, semanas depois da informacao publica de todos os dados passados pelo perito chefe de pequim, com base nas quais alias se fizeram todas as vacinas, e que ate’ eu, que nao sou premio Nobel, estudei e escrevi que estava ja’ comprovado que o risco era enorme.

    Esta Sra e’ uma nodoa politica e desonesta, quando veio declarar que a mascara nao servia para nada e ate’ podia ser pior – provavelmente ser essa a posicao oficial de todos os governos que foram apanhados de calcas na mao sem mascaras para dar ao povo, e em vez de o dizerem honestamente, manipularam (ou tentaram) porcamente o povo com esse disparate criminoso, quando ja’ ha mais de um seculo que a ciencia medica e as politicas publicas tem evidencia da importancia critica de usar mascara para este tipo de virus.

    Essa Sra e’ uma trapalhona, como demonstrou com as cenas inanarraveis de se meter num elevador minusculo mas em que todos se punham de costas, como se isso impedisse o contagio deste virus. Alias, foi contagiada.

    Esta Sra e’ uma incompetente, ao rodear-se de pseudo “conselheiros” (e pagar-lhes do erario publico), para andarem a dizer disparates sem fundamentacao cientifica, imitando esse sr. Simas heroi televisivo, e outros afins, que andou a pregar que isto se resolveria naturalmente pelas imunidades de manada aos 70^ – e outras afirmacoes de arrogantes pseudo-cientistas, que tem sido desmentidas na pratica, e que todos os cientistas serios no mundo diziam que era impossivel garantir que tal aconteceria e muito menos aos 70%, e que a evidencia mostrava que com essa “estrategia”, entretanto, iriam morrer milhoes e sofrer milhares de milhoes. Esse pseudo-cientista disse, ouvi-o eu proprio, logo no inicio, que era um “disparate os avioes ficarem em terra” e que se devia “proteger” os idosos (ou seja tranca-los) e “deixar os outros” ir a’ vidinha – estrategia que esta’ comprovado, onde foi seguida, custou milhares de mortos a mais, e nao trouxe imunidade “de manada” nenhuma.

    Essa Sra e’ uma trapalhona incompetente, quando veio promover a “ideia peregrina” (como muito bem lhe chama o Vice) de vacinacao simultanea covid e gripe, com a total confusao logistica que se seguiu, quando nem sequer tinha sido capaz de organizar nem a vacina da gripe nem a vacina covid antes.

    Sim, o Vice tem razao quando diz que temos de ter as instituicoes a funcionar. Mas as instituicoes sao feitas por pessoas e liderancas importam.

    Esta DGS e esta chorosa “Ministra” da Saude, demonstraram ser uma miseria, e todos vamos pagar o preco muito alto, por o 1o Ministro nao ter tido a coragem politica de as demitir, em vez de as trazer ao colo. Vamos pagar, ao sofrer a continuacao da derrocada dos sistemas de saude. Vamos pagar o preco politico de ver uma Direita PAFiosa, que criminosamente desmantelou o SNS e as instituicoes e quase as destruiu, poder voltar ao poder, pelo erro de calculo e falta de visao ou coragem politica do PS, em correr com os incompetentes.

    Acho que o 1o Ministro esteve muito bem no inicio da epidemia. Acho que infelizmente foi miope ou fez o erro politico mais grave da sua vida, quando recusou correr com a DGS, ao dizer que “nao se muda de generais durante a guerra” – e’ o maior disparate politico que ouvi de um homem politicamente habil. Claro que se muda de generais, se estes nos estao a levar a’ derrota e aos desastre.

    Todos nos lembramos do “General” que o 1o Ministro nomeou para coordenar a vacinacao. Um mediocre que nem sequer sabia coordenar-se a si proprio como ficou claro logo na PRIMEIRA conferencia que deu, onde nem sabia qual era ou onde estava o “slide” que queria mostrar, nem o que afinal tinha planeado dizer, com ou sem slide. Nem sequer era capaz de dizer o calendario, ora era em Janeiro, ora em Fevereiro. Depois, foi a trapalhada que se viu.

    EM boa hora, este Srs fez-nos o favor de se demitir, e foi substituido por outro “General” – neste caso, Vice-Almirante. O sucesso deste “mudar generais durante a guerra” provou a idiotia politica de nao o fazer , nomeadamente com esta DGS e a sua muito chorosa mas nula “MInistra”, que nao mostrou uma unica ideia nem muito menos capacidade de liderar seja o que for.

    Sim, nao acredito em Sebastiaozinhos, Sim, precisamos de as instituicoes a funcionar. Mas para isso, precisamos que a Esquerda se deixe de parvoices e precisamos que lideres, que nao estejam ao servico dos interesses do grande capital e do grande negocio, se cheguem a’ frente. Precisamos de ter a coragem de correr com os incompetentes, antes, duarnte, e depois, “da guerra”.

    • Concordo com muito do que diz, porque é irrefutável a incompetência da DGS e da ministra e seu séquito.
      Agora quando fala da destruição do SNS e dos ditos pafiosos, mete-se por evidências erradas.
      Quer um SNS mais destruído do que o que está nos últimos 6 anos ? Alguma vez viu algo parecido no tempo do calças na mão ?
      Por a função pública a trabalhar 40 horas é mal feito ?
      Agora Relvas, Portas irrevogável, Maria Luís Albuquerque que vendeu património aos fundos para onde depois foi trabalhar e outros tantos são umas nódoas seja o PSD seja no PS.
      Agora o PS é muito mais clientelar e em termos de desenvolvimento julgo que é possível comparar o que se obtém quando o PSD governa e o que se tém quando o PS governa

  7. O que é que o sr. Almirante sabe sobre vacinas? Sabe de gestão e disciplina (e submarinos) e isso provou aos portugueses e aos boys do PS. Quanto ao resto – administração de uma ou duas vacinas em simultâneo – deixe isso para decidir aos cientistas e médicos. Relativamente ao voltar gerir o processo das vacinas não o deseja fazer porque está à espera de ser comandante chefe da Armada, se os chefes políticos ainda se lembrarem.

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