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Caril pode ajudar o cérebro a regenerar-se

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Simon A. Eugster / Wikimedia

Rizoma fresco de açafrão-da-índia (Curcuma longa) e pó de caril

Rizoma fresco de açafrão-da-índia (Curcuma longa) e pó de caril

Um estudo alemão sugere que o famoso molho indiano de caril pode ajudar a combater doenças degenerativas graves, como o Alzheimer.

Segundo a pesquisa, feita com ratos, um dos componentes que torna o caril picante pode acelerar a capacidade de regeneração do cérebro.

O estudo foi feito no Instituto de Neurociência e Medicina, na Alemanha, e publicado na revista científica Stem Cell Research and Therapy.

A investigação concluiu que um composto encontrado no açafrão-da-índia – um dos ingredientes do caril – pode estimular o crescimento de células nervosas que seriam parte do ‘kit’ de reparação do cérebro.

Os cientistas avaliam que, baseado neste estudo, é possível encontrar medicamentos mais eficientes para tratar a doença de Alzheimer.

Mas para a investigadora britânica Laura Philipps, ainda é cedo para tirar conclusões sobre o efeito do caril nas doenças degenerativas.

“Não está claro se os resultados desta pesquisa funcionarão também nos humanos, ou se essas novas células cerebrais poderiam beneficiar quem tem Alzheimer”, diz Philipps.

“Numa doença tão complexa como o Alzheimer, precisamos de estudos mais avançados para entender os efeitos desse componente – e até lá não vale a pena as pessoas começarem a açambarcar açafrão-da-índia.”

BBC

Estudos anteriores já tinham sugerido que o pó de caril pode ter propriedades anti-cancerígenas

Estudos anteriores já tinham sugerido que o pó de caril pode ter propriedades anti-cancerígenas

Investigação

Os investigadores do Instituto de Neurociência e Medicina estudaram os efeitos de um composto aromático natural encontrado no açafrão-da-índia.

Os cientistas injectaram o componente nos ratos e, em seguida, monitorizaram o cérebro dos animais.

Passado algum tempo, notaram uma actividade maior de uma parte específica do cérebro onde há crescimento e desenvolvimento de novas células nervosas.

Devido a este resultado, os cientistas acreditam que o composto aromático do açafrão-da-índia pode estimular a proliferação de células cerebrais.

Numa parte separada do estudo, os pesquisadores mergulharam células estaminais neuronais em diferentes concentrações do composto aromático.

As células estaminais têm a capacidade de se transformar em qualquer célula cerebral e os cientistas sugerem que poderiam ter um papel importante na reparação do cérebro após uma lesão ou doença.

Descobertas

Maria_Rueger / Research Gate

A investigadora Maria Adele Rueger

A investigadora Maria Adele Rueger

“Em seres humanos e animais mais desenvolvidos, essas células estaminais neuronais parecem não ser suficientes para reparar o cérebro, mas em peixes e pequenos animais menores funcionam bem”, explicou à BBC a investigadora Maria Adele Rueger, membro da equipe que fez o estudo.

Segundo a pesquisa, quanto maior a concentração do composto aromático, maior o crescimento das células estaminais neuronais.

As células banhadas no componente parecem ter evoluído para células cerebrais de forma mais rápida.

“É interessante que seja possível aumentar a eficácia das células estaminais com o composto aromático”, diz Rueger.

“E é possível que isso também possa ajudar no reparo do cérebro.”

Rueger está agora a avaliar se é viável fazer testes em seres humanos para avançar na pesquisa.

ZAP / BBC

1 Comment

  1. Mais uma vez, a medicina alternativa, mais concretamente a ayurveda, já sabe disto há muito tempo!… o acafrão, combinado com a pimenta preta e diluido com algum tipo de gordura, faz maravilhas nos casos de artrites, reumáticos, é óptimo anti-inflamatório, anti-viral, anti-bacteriano, anti-diabético e até mesmo anti-carcinogénico.

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