O fóssil deste tardígrado, que representa tanto um novo género como uma nova espécie, foi descoberto em âmbar Dominicano do Mioceno, há aproximadamente 16 milhões de anos.
Os tardígrados, também conhecidos como ursos de água, são um grupo de invertebrados microscópicos muitos conhecidos pela sua capacidade de sobreviver em condições extremas.
Estes animais conseguiram sobreviver a todos os cinco eventos de extinção em massa do Fanerozoico, embora os primeiros de aparência moderna sejam conhecidos apenas do Cretáceo, há aproximadamente 80 milhões de anos.
Agora, conta o site EurekAlert!, uma equipa de cientistas acaba de descobrir um novo fóssil de um tardígrado de aparência moderna que representa não só um novo género como uma nova espécie: Paradoryphoribius chronocaribbeus.
Trata-se apenas do terceiro fóssil em âmbar de um tardígrado a ser totalmente descrito e formalmente denominado até aos dias de hoje. Os outros dois são o Milnesium swolenskyi e o Beorn leggi, ambos encontrados no âmbar do período Cretáceo na América do Norte.
O P. chronocaribbeus é o primeiro fóssil a ser encontrado no âmbar Dominicano do Mioceno (aproximadamente há 16 milhões de anos) e o primeiro fóssil representante da super-família dos tardígrados Isohypsibioidea.
“Embora externamente se parecesse com um tardígrado moderno, com recurso à microscopia confocal, pudemos ver que tinha uma organização de intestino única que nos garantiu estarmos perante um novo género dentro deste grupo de super-famílias de tardígrados”, disse Marc A. Mapalo, um dos autores do estudo publicado, esta quarta-feira, na revista científica Proceedings of the Royal Society B.
É muito difícil encontrar fósseis de tardígrado devido ao seu tamanho muito pequeno e às suas preferências de habitat. Esta nova descoberta sugere que outros locais, como depósitos de âmbar birmanês e báltico, também podem abrigar fósseis destes animais.