O mistério sobre as razões que levam alguns gémeos a nascerem idênticos pode ter sido resolvido por um grupo de cientistas holandeses, aumentando as esperanças de tratamento de doenças congénitas.
Gémeos idênticos são formados após um óvulo fertilizado se dividir em dois embriões, que partilham exatamente os mesmos genes. O motivo da separação é desconhecido. Agora, investigadores liderados pela Vrije Universiteit Amsterdam acreditam ter encontrado uma “assinatura” comum no ADN de gémeos idênticos, noticiou o Guardian.
A pesquisa, publicada na Nature Communications, analisou as modificações epigenéticas no ADN de gémeos, que podem ativar ou desativar genes sem alterar a sua sequência. A equipa descobriu que gémeos idênticos partilhavam marcas semelhantes em 834 pontos do seu genoma, a soma total do ADN de um organismo.
De acordo com os cientistas, essas marcas partilhadas podem permitem determinar, com até 80% de precisão, se um indivíduo é um gémeo idêntico, incluindo aqueles que perderam o seu irmão no útero – síndrome do gémeo desaparecido – ou que foram separados à nascença.
Apesar desta descoberta, ainda terá que ser provado que as marcas químicas no ADN são a causa da conceção de gémeos idênticos. Até 12% das gestações humanas podem começar como embriões múltiplos, mas pouco menos de 2% são bem sucedidas.
Nancy Segal, psicóloga da California State University, disse à Science News que esta foi “uma descoberta muito, muito importante”, já que gémeos idênticos são predispostos a uma variedade de condições de saúde, incluindo espinha bífida.
Tive gémeos três vezes seguidas.
Duas vezes um par de gémeos idênticos (meninos) + Um menino e uma menina.
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