Os oito planetas que conhecemos não são os únicos sobreviventes da formação do nosso Sistema Solar. A Terra pode mesmo ter outro planeta-irmão do tamanho de Marte à espreita, numa “terceira zona” do Sistema Solar.
Para lá de Neptuno, pode haver um planeta do tamanho de Marte à espreita no meio da escuridão, na misteriosa terceira zona do Sistema Solar.
A Astronomia separa os planetas que conhecemos em três grupos: o primeiro, com planetas que orbitam o Sol dentro da cintura de asteróides que separa Marte e Júpiter; o segundo, o sistema solar exterior e também o reino dos gigantes de gás Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno; e um terceiro grupo, um reino de planetas anões como Plutão, Sedna, Eris, e até mesmo cometas.
No entanto, esta classificação está errada. Pelo menos segundo os investigadores deste estudo, cujo artigo científico foi recentemente publicado na Annual Review of Astronomy and Astrophysics.
Para compreender como surgiu o Sistema Solar, os cientistas valeram-se de simulações por computador para ver se certas condições ou eventos iniciais podem evoluir para um Sistema Solar como o nosso, detalha o Interesting Engineering.
Vários modelos que se assemelham com o nosso Sistema Solar começam com pelo menos um planeta extra numa posição “desconcertante”, o que sugere que o Sistema Solar exterior costumava abrigar um ou mais planetas rochosos, aproximadamente do tamanho da Terra ou de Marte, para além dos colossais gigantes de gás e gelo.
Ao longo do tempo, a interação destes planetas rochosos com os enormes campos de gravidade dos gigantes de gás poderá tê-los empurrado para uma órbita distante – ou até mesmo para uma trajetória de saída, muito longe do resto da vizinhança.
“É provável que um planeta Marte tenha estado lá inicialmente”, disse o cientista planetário David Nesvorny, do Southwest Research Institute, em declarações ao Inverse. “A questão é se sobreviveu ou se temos alguma prova da sua existência.”
Metade das simulações revelou que todos os planetas à escala de Marte no Sistema Solar exterior foram ejetados para o espaço interestelar, enquanto a outra metade aponta que um planeta foi deixado numa órbita semelhante à da população isolada dos objetos do Cinturão de Kuiper.
Se este planeta existir, poderá ser o tão famoso Planeta 9.
A modelagem pode ser uma mais-valia para ajudar os cientistas a localizar este planeta do tamanho de Marte, mas a prova incontestável será encontrá-lo.
Conhecer o Universo sim, mas ainda há tanto para fazer pelo nosso querido planeta terra…