Durante a maior parte da história humana, o número de mães existentes superou o dos pais, revela uma nova análise ao DNA de pessoas de todo o mundo, incluindo o continente australiano, europeu e americano.
Publicada na revista Investigative Genetics, a pesquisa comparou o cromossomo Y, herdado paternalmente, com o DNA mitocondrial de herança materna de 623 homens de 51 populações.
Mark Stoneking, um dos autores do estudo, explica: “Esta nova técnica de sequenciação afasta preconceitos anteriores, dando-nos uma fonte rica de informação relativamente à nossa história genética”.
E acrescenta: “Permite-nos ver mais de perto as diferenças regionais nas populações, fornecendo outra percepção sobre o impacto dos preconceitos sexuais na variação genética humana”.
Os resultados revelam a existência de um número superior de mulheres antes da migração para fora de África, e assim permaneceu ao longo de quase todas as posteriores migrações.
As principais razões por trás desta tendência poderão estar relacionadas com a poligamia masculina e com o facto de, na maioria das sociedades, as mulheres se mudarem para irem viver com os seus maridos. Isto terá resultado em mulheres a contribuírem geneticamente mais para a população global do que os homens.
Os investigadores esperam que, com a aplicação desta nova técnica, possam ser realizadas análises mais profundas a nível regional, e assim desenvolver uma imagem mais clara da influência paterna e materna em populações específicas.
CG, ZAP