IPO Porto

IPO Porto
As intervenções cirúrgicas feitas fora do horário normal estão suspensas no bloco central do IPO do Porto desde o dia 1 de julho.
Os profissionais de saúde do IPO do Porto estão indisponíveis para realizar intervenções cirúrgicas fora do horário normal de trabalho por considerarem não estar a receber o pagamento correto desta atividade voluntária.
Segundo o Público, também está em causa o envolvimento das equipas no processo de gestão. O conselho de administração já procedeu à revisão do regulamento interno e está a estudar soluções que aumentem a capacidade cirúrgica dentro do horário normal.
O diário escreve que a situação poderá ficar resolvida em breve, uma vez que os profissionais deverão reunir ainda esta semana.
A questão, no entanto, não é nova. Os profissionais de saúde envolvidos nestas equipas entregaram um abaixo-assinado à administração a 27 de abril, no qual diziam que a instituição não estava a cumprir com o determinado nas portarias que regulam esta atividade.
No documento, requeriam que esta procedesse à revisão do regulamento interno existente desde 2015 com “a maior brevidade possível”, assim como “à revisão de todos os casos de produção adicional desde 2017” e corrigisse “os erros decorrentes da incorreta aplicação da legislação referida”. A 23 de junho entregaram outro abaixo-assinado.
O conselho de administração terá aprovado o novo regulamento, que começou a ser revisto em 2020 e que “respondia na medida do legalmente possível” aos pedidos dos profissionais.
Em declarações ao jornal, a administração do IPO do Porto disse que o novo documento “determinou a criação de um órgão representativo dos profissionais envolvidos nesta atividade, com a responsabilidade de propor ao conselho de administração as medidas que maximizem a eficiência dos procedimentos e minimizem potenciais impactos negativos nos profissionais”.
Também abre a porta a uma revisão da “remuneração atribuída em função dos procedimentos realizados, cujo impacto estimado é de um aumento anual global estimado superior a 60.000 euros”.