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O maior sistema de cavernas do mundo é (ainda) mais extenso do que se pensava

O maior sistema de cavernas do mundo estabeleceu um novo recorde depois de uma equipa de topógrafos conseguir mapear mais 13 quilómetros das passagens no Parque Nacional de Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos.

As passagens de Mammoth Cave são maiores do que se pensava. O sistema de cavernas conta afinal com 676 quilómetros de comprimento, de acordo com o National Park Service (NPS).

“Muitas das viagens às cavernas são longas e árduas, envolvem escalada, exposição vertical, água e lama”, contou Karen Willmes, que esteve envolvida na operações, num comunicado.

“Após a viagem, os cartógrafos transformam os dados recolhidos na viagem à caverna numa mapa. Outros voluntários fornecem suporte de superfície. É um esforço de primeira classe para uma caverna de classe mundial, e estamos orgulhosos de fazer parte dele”, referiu Willmes.

Esta não é a primeira vez que o sistema Mammoth Cave “cresceu”. Em 1969, já tinha entrado para o livro dos recordes, com um total de 105 quilómetros de passagens documentadas.

Porém, em 1972, durante uma pesquisa, os exploradores da Cave Research Foundation (CRF) descobriram uma ligação entre o sistema Mammoth Cave e o sistema Flint Ridge, elevando a distância total conhecida da Mammoth Cave para 232 quilómetros.

Desde então, novas pesquisas têm mostrado que o sistema Mammoth Cave é maior, sendo que ao longo dos anos foi-se descobrindo a existência de conexões entre este e cavernas menores, como a Proctor Cave, Roppel Cave e Morrison Cave.

“Quando se trata de descobertas na Caverna Mammoth não há fim à vista!”, escreveram os funcionários do Parque Nacional de Mammoth Cave na página do parque no Facebook.

O sistema Mammoth Cave é um enorme labirinto que se formou através da erosão do calcário, fenómeno cientificamente conhecido como topografia cárstica, que também é visto em outras rochas solúveis, como mármore e gesso.

A topografia cárstica ocorre quando a água da chuva e dos rios da superfície do solo se infiltram no subsolo através de rachas, fraturas e buracos e, em seguida, vão dissolvendo e moldando o leito rochoso subterrâneo em cavernas e outras características geológicas, escreve o Science Alert.

Todos os anos, mais de dois milhões de pessoas visitam o sistema de cavernas, que abriga 130 espécies de vida selvagem, incluindo 14 espécies de troglóbios, ou animais que vivem exclusivamente em cavernas, como é o caso do peixe caverna sem olhos.

O Parque Nacional de Mammoth Cave é um dos poucos sítios naturais dos EUA reconhecidos como Património Mundial pelas Nações Unidas, que elogia as cavernas pelas suas “longas passagens com câmaras enormes, eixos verticais, estalagmites e estalactites, formas esplêndidas de belas flores de gesso, delicadas agulhas de gesso [e] raras flores de mirabilita”.

ZAP //

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