O melhor de sempre, segundo o presidente da Liga, poderia ter continuado em Barcelona, se a direção catalã quisesse. Presidente do clube já reagiu.
Como se esperava, a saída de Lionel Messi do Barcelona continua a originar reacções e notícias. Desta vez foi o presidente da Liga espanhola a comentar o assunto.
Javier Tebas não escondeu que a ida de Messi para Paris prejudica o principal campeonato espanhol de futebol, tal como as saídas de Cristiano Ronaldo, Pep Guardiola ou José Mourinho. “Mas provavelmente esta saída foi mais dolorosa porque considero que Messi é o melhor futebolista de sempre e não merecia ter saído assim, não só por parte do Barcelona, como também por parte da LaLiga”, admitiu.
Em entrevista ao jornal Sport, Tebas afirmou que a saída do argentino poderia ter sido evitada. O presidente da Liga falou com o presidente do Barcelona para tentarem encontrar soluções, caso o motivo da despedida fosse económico: “Mas ele saiu por outro motivo. No próximo relatório de contas do Barcelona, veremos se Messi poderia realmente ter ficado ou não“.
“Respeito a decisão do clube mas há que contar a verdade. Esta saída não foi uma decisão económica. Isso eu sei, de certeza”, reforçou Tebas.
O líder do futebol profissional espanhol repetiu a ideia de que não é ele o maior responsável pela transferência de Lionel Messi, contrariando as críticas de adeptos e figuras do Barcelona.
Javier Tebas deixou ainda uma ideia pouco divulgada. Quando disse que, nas últimas assembleias da Liga, Barcelona e Real Madrid votavam sempre juntos (e contra) propostas da entidade, o presidente atirou: “Tenho a sensação de que o Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, faz um sequestro psicológico ao Barcelona. É como um complexo de inferioridade”.
“O Florentino é muito inteligente e o diretor-geral do Real Madrid, o José Ángel Sánchez, é o mais empático no futebol europeu. Todo aquele glamour, o saber fazer, perante o Joan Laporta, presidente do Barcelona, que não estava no mundo do futebol há mais de 10 anos…”, explicou.
Reacção catalã
Laporta já reagiu, reforçando precisamente a ideia de que foi Tebas o principal responsável pela despedida de Messi: “Foi o seu excesso de zelo e por causa do seu ‘fair play’. Ele quer ser mais papista do que o Papa”.
“Em vez de procurar a concórdia e o entendimento, está sempre à procura do conflito. Tem uma obsessão doentia para ver como consegue prejudicar o Barcelona“, atirou o presidente do Barcelona, que classificou as palavras de Javier Tebas como “impróprias” para um presidente da Liga”.