Seis militantes palestinianos fogem da prisão israelita de alta segurança

As forças de segurança israelitas lançaram uma operação de busca no norte do país e na Cisjordânia após seis reclusos palestinianos escaparem de uma das prisões mais seguras de Israel.

De acordo com o Guardian, os reclusos – incluindo cinco membros da Jihad Islâmica e um líder da Brigada dos Mártires de al-Aqsa -, dividiam uma cela na prisão de Gilboa e terão escavado a sua rota de fuga atrás de uma pia, com recurso a uma colher.

Embora os relatórios iniciais sugerissem haviam aberto túneis, a comissária do serviço penitenciário de Israel, Katy Perry, disse que os fugitivos exploraram uma falha no projeto estrutural da prisão. “Pela nossa investigação inicial, parece que não houve escavação; em vez disso, uma placa que cobria o espaço foi retirada do lugar”, informou.

O ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Barlev, referiu que os homens podem já ter chegado à Cisjordânia. “Houve um planeamento muito preciso, muito detalhado e, portanto, houve provavelmente ajuda externa”, indicou.

Imagens divulgadas após a fuga mostraram uma abertura estreita numa parede cavada atrás de uma pia, através da qual os homens terão alcançado o sistema de drenagem do edifício. As autoridades disseram que há bloqueios e patrulhas na área, enquanto transferem 400 reclusos para evitar novas tentativas de fuga.

Acredita-se que os fugitivos se estejam a dirigir para Jenin, na Cisjordânia, onde a Autoridade Palestina exerce pouco controle e onde, nas últimas semanas, os militantes entraram em confronto com as forças israelitas.

O Clube de Reclusos Palestinianos identificou os homens, com idades entre os 26 e os 49 anos. Entre eles está Zakaria Zubeidi, de 46 anos, líder da Brigada de Mártires de al-Aqsa, afiliada ao movimento Fatah, detido desde 2019 por duas dúzias de crimes, incluindo tentativa de homicídio. Outros quatro cumpriam penas de prisão perpétua.

“Este é um grande ato heróico, que causará um forte choque no sistema de segurança israelita e constituirá um duro golpe para o exército e todo o sistema em Israel”, disse Daoud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica.

Já o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse que a fuga mostrou “que a luta pela liberdade (…) é contínua e estendida, dentro e fora das prisões”.

Taísa Pagno //

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