A missão da Agência Espacial Japonesa (JAXA) na Lua Phobos pode ser uma boa oportunidade para procurar sinais de vida.
Ryuki Hyodo e Tomohiro Usui, astrónomos da Agência Espacial Japonesa (JAXA), sugerem que as luas marcianas devem conter a poeira lançada por Marte aquando dos impactos de asteroides. Ora, se o Planeta Vermelho hospeda – ou já hospedou – vida, os remanescentes devem estar nas luas.
“Ao longo da história de Marte, inúmeros impactos de asteroides produziram material ejetado marciano, e uma parte desse material foi entregue às suas luas”, escreveram os investigadores, num artigo publicado na Science a 13 de agosto.
Tendo em conta o pequeno tamanho e a baixa gravidade de Phobos, uma sonda conseguiria “saltar” facilmente entre os diferentes locais da lua para recolher várias amostras, ao contrário do que acontece com Marte.
Esta é, pelo menos, a expectativa que os cientistas têm quanto à missão Martian Moon eXploration (MMX) da JAXA, que irá trazer de volta à Terra uma amostra do material da lua marciana até 2029, detalha o IFL Science.
Em 1996, os cientistas analisaram algumas amostras de Marte e encontraram possíveis sinais de vida. No entanto, como as amostras dos meteoritos estavam na Terra há milhares de anos, o risco de contaminação era muito elevado.
Desta vez, não haverá esse problema, já que a Phobos não tem nem atmosfera, nem água própria. Além disso, também não há o perigo de trazer microorganismos marcianos ainda vivos capazes de criar novas pragas, uma vez que a exposição à radiação na superfície da lua terá matado qualquer organismo.