A China anunciou que vai aliviar a sua restritiva política de controlo da natalidade e autorizar que os casais urbanos em que um dos cônjuges seja filho único possam ter dois filhos.
A decisão, divulgada pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, foi adotada na última reunião plenária do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), concluída na segunda-feira passada.
De acordo com a política de “um casal, um filho” imposta no início da década de 1980 às famílias urbanas, só os casais em que ambos os cônjuges eram filhos únicos estavam autorizados a ter um segundo filho.
Nas zonas rurais, onde vive cerca de 48% da população chinesa, os casais já podem ter um segundo filho desde que o primeiro seja do sexo feminino.
Tibetanos, mongois, uigures e as outras minorais étnicas não estão sujeitas às mesmas limitações.
Hong Kong e Macau, duas regiões administrativas especiais, estão também isentas.
A nova política “será gradualmente ajustada e aperfeiçoada para promover um duradouro e equilibrado desenvolvimento da população da China”, disse a agência Xinhua, citando a resolução do Comité Central do PCC.
Pelas contas do Governo, a “política de ‘um casal, um filho’ evitou cerca de 400 milhões de nascimentos” e em vez de 1350 milhões, em 2012, a China já teria mais de 1700 milhões de habitantes.
/Lusa